Estudo de fase I de LDE-paclitaxel no tratamento do câncer de pâncreas metastático em segunda ou demais linhas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bighetti, Bruna [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67521
Resumo: Introdução: As nanopartículas vêm sendo estudadas em associação à quimioterapia, com o objetivo de aumentar a concentração do fármaco nas células neoplásicas e, assim, aumentar sua ação antitumoral, com possível redução da toxicidade. O Nab-paclitaxel é uma associação nanotecnológica conhecida, entre Paclitaxel e albumina e pode ser utilizada no tratamento do câncer de pâncreas avançado. O LDE-Paclitaxel foi avaliado em pacientes com neoplasias ginecológicas em tratamento de terceira linha e apresentou taxas de controle da doença mais elevadas do que os esquemas convencionais descritos na literatura. Objetivos: Avaliar a eficácia do LDE-paclitaxel no tratamento do câncer de pâncreas avançado em segunda ou terceira linha de terapia. Métodos: Este foi um estudo prospectivo de fase I, de braço único, no qual oferecemos LDE-Paclitaxel na dose semanal de 85mg/m² para pacientes com adenocarcinoma de pâncreas em segunda ou terceira linha. Os pacientes deveriam ter sido submetidos a tratamento de pelo menos um esquema quimioterápico padrão. Resultados: De outubro de 2020 a novembro de 2021, nove pacientes foram incluídos neste estudo prospectivo, de braço único, fase 1/2 no qual oferecemos LDE-paclitaxel na dose de 85mg/m² endovenoso para pacientes com câncer de pâncreas avançado do tipo adenocarcinoma, após progressão à gencitabina. Durante a permanência no estudo, os pacientes foram submetidos a, no máximo, 5 ciclos, sem necessidade de redução da dose da medicação em nenhum dos ciclos, para nenhum dos pacientes. O LDE-paclitaxel apresentou em sua maioria toxicidades graus 1 e 2, principalmente anemia e neuropatia; toxicidade grau 3 foi apresentada apenas por 1 paciente, sendo ela lesão renal aguda. A sobrevida global mediana dos pacientes foi de 20,14 meses, e a sobrevida dos pacientes após inclusão no estudo e início do uso do LDE-paclitaxel foi próxima de 5 meses, sem queda nos índices avaliados de qualidade de vida. Conclusões: LDE-paclitaxel parece ser mais tolerável, viável e menos tóxico do que outros dados de quimioterapia padrão neste cenário. Nossos resultados sugerem que o LDE-paclitaxel poderia compor possibilidade terapêutica para pacientes com câncer de pâncreas metastático. Para melhor avaliação seriam necessários estudos posteriores, com finalidade de maiores dados do uso desta medicação na prática clínica e para melhor compreensão de outros desfechos importantes.