Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Sampaio, Suely Carlos Ferreira [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/24334
|
Resumo: |
A principal diferença entre Escherichia coli enteropatogênica (EPEC) típica (tEPEC) e atípica (aEPEC) é a presença do plasmídeo EAF (EPEC adherence factor) apenas em tEPEC. Apesar de os dois grupos promoverem uma lesão denominada attaching and effacing (lesão A/E) no epitélio intestinal, algumas diferenças em relação aos demais mecanismos de virulência podem existir. Neste estudo, duas amostras selvagens de aEPEC (1711-4, sorotipo O51:H40, e 3991-1, O não tipável, não móvel) foram analisadas quanto à capacidade de aderir, invadir, persistir e induzir a produção de IL-8 em células intestinais T84 e Caco-2, diferenciadas in vitro. Os resultados foram comparados com os obtidos com a amostra protótipo de tEPEC E2348/69. O papel do flagelo nos processos de adesão, invasão e indução da produção de IL-8 e de um sistema de secreção tipo III (SST3) na indução da produção de IL-8 foram também investigados com aEPEC 1711-4, utilizando-se mutantes isogênicos deficientes em flagelina ou EscN, respectivamente. As amostras aEPEC 3991-1 e 1711-4 aderiram significativamente mais às células T84 do que em Caco-2. Entretanto, aEPEC 1711-4 foi mais invasiva do que aEPEC 3991-1 e tEPEC E2348/69. Além disso, as amostras de aEPEC persistiram em ambas as linhagens celulares por um mínimo de 48 h, mas o índice de persistência foi maior para aEPEC 3991-1 em células Caco-2. Nesta linhagem celular, a produção de IL-8 foi significativamente maior nos tapetes celulares infectados com a amostra selvagem aEPEC 1711-4 em 3 h do que naqueles infectados com as demais amostras. Além disso, o mutante aEPEC 1711-4 ΔfliC induziu menor estimulação da produção de IL-8 em fase precoce (3 h), mas não no período tardio (24 h) após infecção. O mutante aEPEC 1711-4 ΔescN estimulou níveis de IL-8, em três horas, significativamente mais elevados do que a amostra selvagem, o que sugere um papel antiinflamatório dos efetores injetados pelo SST3 durante a fase inicial da interação bactéria-célula hospedeira. Nossos achados indicam que aEPEC é um patotipo heterogêneo quanto a sua habilidade de aderir, invadir, persistir e induzir a produção de IL-8, e sugerem que algumas aEPEC podem ser mais eficientes em induzir resposta inflamatória do que a tEPEC protótipo E2348/69. Na infecção de enterócitos in vitro, a integridade do flagelo da aEPEC 1711-4 é necessária para adesão e invasão eficientes e estimulação precoce, mas não tardia, da produção de IL-8. |