Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Marum, Annete Bressan Rente Ferreira [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/70849
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Resumo: |
Introdução: Doenças complexas, como a obesidade, estão associadas a alelos predisponentes, cada um conferindo um acréscimo no risco para o indivíduo. Um gene importante quando se trata de genética da obesidade é o Fat Mass and Obesity Associated (FTO). O FTO foi o primeiro gene identificado por meio do GWAS (genome wide association study) fortemente associado à obesidade em seres humanos. Objetivos: Verificar a relação do gene FTO com peso, IMC e escore da escala de compulsão alimentar periódica em mulheres adultas. Materiais e Métodos: A amostra de conveniência foi composta por 80 participantes do sexo feminino que preencheram os seguintes requisitos: TCLE devidamente assinado; laudo genético, contendo a análise genotípica do gene FTO rs9939609, responder a escala de compulsão alimentar periódica (ECAP) com as informações de data nascimento, peso e altura referidos ou aferidos. Foram aplicados Modelos de Regressão Logística, brutos e ajustados, para avaliar a associação entre os genótipos, ECAP, idade, peso e IMC. As análises foram realizadas com o auxílio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, versão 20.0). O valor de significância adotado para todos os testes foi de p <0,05. Resultados: Os resultados da caracterização da amostra segundo genótipo FTO, demonstram que as participantes com genótipo AA apresentaram maior peso (p < 0,004), IMC (p < 0,008) e ECAP (p < 0,043). Os resultados dos Modelos de Regressão Logística, segundo genótipo FTO, demonstram que as participantes com genótipo AA quando comparados com genótipo TT apresentam maiores chances de maior ECAP (OR 1,129; p < 0,014), peso (OR 1,186; p < 0,004) e IMC (OR 1,688 p < 0,005). Os coeficientes de correlação (r) entre ECAP e idade, peso, IMC e genótipo FTO demonstram que ECAP se correlacionou negativamente com idade e positivamente com peso, IMC e genótipo FTO. Conclusões: Obtivemos valores maiores e estatisticamente significantes na mediana do IMC, peso e no escore da escala de compulsão alimentar periódica (ECAP) em indivíduos que carregavam o alelo de risco em homozigose AA no gene FTO, quando comparados com os indivíduos que possuíam o risco em heterozigose (AT) ou não carregavam o alelo de risco (TT). Mais estudos são necessários para entendermos as variações interindividuais do peso corporal que são atribuídas a diferenças genéticas. A identificação de genes que determinam a suscetibilidade à obesidade pode fornecer informações sobre os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à regulação do peso corporal, distribuição de gordura e comportamento alimentar o que, por sua vez, pode levar a novas abordagens de tratamento e prevenção. |