O ensino de geografia nos anos iniciais do ensino fundamental: uma perspectiva a partir da análise dos livros didáticos aprovados pelo PNLD 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pascal, Guilherme Macedo [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39228
Resumo: Esta pesquisa está inserida dentro da perspectiva da produção de políticas de currículo. Tomando como base os livros selecionados de Geografia para os anos iniciais do ensino fundamental aprovados pelo PNLD 2013, sobretudo a partir de três obras (Coleção Buriti, Coleção Ápis e Coleção Mundo Amigo) que são avaliadas utilizando como critério a vendagem do primeiro lote para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), é feita uma análise que busca compreender as permanências e mudanças do ensino de Geografia dentro de uma construção curricular. Foram analisadas as permanências das práticas dos círculos concêntricos presentes nos antigos materiais de Estudos Sociais e da estrutura das obras que possuem uma análise espacial escalar que parte do individuo projetando-se para a moradia, a rua, a escola e o bairro. Analisou-se também a presença de determinados conteúdos e atividades e suas percepções de ensino de Geografia. A pesquisa compreende a análise dos conceitos de alfabetização e letramento abordados nos materiais didáticos, bem como sua apreensão dentro de outras percepções analisadas por pesquisadores da área da educação e da Geografia, a fim de entender os significados teórico-metodológico dos conceitos. A análise utiliza as pesquisas feitas anteriormente em dissertações de mestrado e doutorado como a de ALVES (2010), MARQUES (2009), PEREIRA (2004), FRANCO (2009) e MEDEIROS (2010). MUNAKATA (1997) e sua análise do papel das editoras no processo de construção curricular e BITTENCOURT (1988) também foram referenciais indispensáveis para uma análise abrangente. Sobre a crítica em relação aos materiais didáticos, foram utilizados também os estudos dentro da perspectiva da nova sociologia curricular de APPLE (1995, 1999, 2000, 2006, 2008), CHOPPIN (2002, 2004 e 2009), GOODSON (1990, 2013 e 2013), CHOPPIN (2002, 2004 e 2009), ALBUQUERQUE (2004), YOUNG (1980) e GIROUX (1997). Esse panorama é feito na pesquisa com o intuito de levantar reflexões e compreensões a respeito das múltiplas funções e utilizações dadas aos materiais didáticos. 9 Pesquisas de GOMES (2010), ROCHA (2014), SILVA (1996), ALBUQUERQUE (2011), VLACH (1988), ZANATTA (2013), PEREIRA (2004), MORMUL e GIROTTO (2014) colaboram para um panorama geral sobre a Geografia escolar brasileira que corroboram para a contextualização da pesquisa e das análises sobre os livros didáticos escolhidos. A pesquisa aborda os conceitos de alfabetização, alfabetização geográfica, alfabetização cartográfica, letramento e letramento geográfico utilizados nas coleções analisadas. Busca-se a apreensão desses conceitos e sua utilização a partir de pesquisadores da área da Geografia e da Educação. SANTANA FILHO (2003), PEREIRA (2003), AIGNER (2002), CALLAI (2005), SANTOS (2005), CAVALCANTI (2005), ALMEIDA (2001) são utilizados como referenciais para a compreensão de determinadas correntes que entendem o significado desses conceitos dentro de suas perspectivas. Dentro da área da linguística e da educação são utilizados os pesquisadores SOARES (2005), GNERRE (2003), HÉBRARD (1990), FRAGO (1993), COOK-GUMPERZ (1991), GRAFF (1994) e CHARTIEU (2004) para compreender os significados desses conceitos a partir de outras perspectivas, enfatizando que existe uma questão de ordem semântica, sobretudo nos estudos mais focados no ensino de Geografia. Verifica-se que as obras analisadas não praticam o que se propõe a fazer, evidenciando seu caráter tecnicista a serviço da aquisição da linguagem.