Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Barreto, Kátia Isicawa de Sousa [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67547
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Resumo: |
Objetivo: A Comunidade Terapêutica (CT) é um serviço para tratamento e recuperação de Transtorno por Uso de Substância (TUS) que faz parte da rede de atenção psicossocial desde 2011, e recebe recursos públicos crescentes, sendo crucial a avaliação e o monitoramento das intervenções utilizadas para o tratamento e a recuperação de indivíduos com TUS. Método: estudo de análise documental que compôs a primeira fase da implementação do sistema de monitoramento na rede de CTs financiadas pelo Governo do Estado de São Paulo. Foram analisados os dados sobre o perfil sociodemográfico, indicadores sobre saúde e vulnerabilidade social dos acolhidos nessas instituições bem como dados sobre a permanência no tratamento, a oferta de atividades desenvolvidas durante o período de acolhimento e indicadores de reinserção social no momento do seu desligamento. Além das análises descritivas de todos os indicadores investigados, foram realizados testes de regressão multivariada e mediação para determinar os fatores associados aos desfechos de reinserção social ao desligamento. Resultados: Os resultados descrevem um perfil em extrema vulnerabilidade social, com quase sua totalidade em situação rua. O tempo de permanência médio nas instituições foi de pouco menos de três meses e menos da metade dos indivíduos foram expostos a pelo menos uma atividade de cada um dos quatro domínios propostos pela regulamentação nacional (atividades recreativas, educativas ou de formação profissional, de espiritualidade e de autocuidado e sociabilidade). e no momento do desligamento conseguiram se reinserir socialmente. Mais da metade dos indivíduos retornaram ao convívio familiar, mais de um quarto deles tinham autossustento e apenas um quinto desses indivíduos apresentaram ambos os indicadores de reinserção social no momento do desligamento. O tempo em acolhimento nas CTs foi o maior preditor de reinserção social, com as chances de reinserção aumentando em quase nove vezes na permanência de pelo menos 90 dias. A exposição de uma maior diversidade de atividades terapêuticas durante o acolhimento aumentou em quase oito vezes essas chances. Ambas as associações permanecem significativas ainda quando ajustadas mutuamente. Foi confirmada a hipótese de que a associação entre permanência e reinserção social é mediada pela exposição às intervenções terapêuticas medida através da diversidade de atividades ofertadas. Conclusões: O resultado obtido demonstra o potencial dessa modalidade de tratamento mediante o cumprimento das suas normativas bem como perante a participação em um sistema de monitoramento que envolve também a capacitação profissional. |