A face oculta dos profissionais de enfermagem que trabalham em uma unidade de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Salomé, Geraldo Magela [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23344
Resumo: Este trabalho resulta das minhas preocupações em relação aos auxiliares de enfermagem e enfermeiros que trabalham em uma Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, de natureza fenomenológica, na modalidade de fenômeno situado, o qual pretendo abordar de forma sucinta, de modo a nortear o caminho a ser percorrido neste estudo. Tem o objetivo de compreender o significado de ser um profissional de enfermagem que atua numa Unidade de Terapia Intensiva. Busca ainda entender como estes profissionais se sentem trabalhando neste setor e apreender seu modo de ser e sentir, a partir do relato de suas experiência na Unidade de Terapia Intensiva. Para tanto, busquei capturar as descrições dos funcionários, tendo como pergunta orientadora: "Como você se sente trabalhando na UTI?". Partindo das descrições das experiências vividas por profissionais de enfermagem, procurei construir a estrutura geral do fenômeno. As reflexões desvelaram que a falta de materiais, o número reduzido de profissionais de enfermagem, a não valorização destes e a falta de respeito para com eles fazem com que se sintam menosprezados e insatisfeitos. Este ambiente de UTI pode ser gerador de situações estressantes, como deterioração das relações entre funcionários, hostilidade entre pessoas, perda de tempo com discussões inúteis, isolamento entre os membros da equipe durante o trabalho e pouca cooperação entre os profissionais. Estas situações levam à deficiência na qualidade da assistência de enfermagem e a um cuidado não humanizado. Quando a vida pessoal é afetada, começa-se a perceber que há problemas. O funcionário, ao se distanciar de si mesmo, aliena-se, isolando-se do mundo, e se fecha igualmente para o outro, mesmo que este outro seja a razão do seu cuidado e do seu viver.