Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Larissa de Oliveira Cavalcanti Peres [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67472
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Resumo: |
Sepse, definida como uma disfunção orgânica potencialmente fatal causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção, é uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. Desde o primeiro semestre de 2020, a sepse viral se destacou devido à pandemia de COVID-19. A sepse é caracterizada por apresentar respostas concomitantes de inflamação excessiva e imunossupressão nos indivíduos. Como consequência da resposta disfuncional do hospedeiro frente à infecção, ocorre uma série de alterações celulares e metabólicas, entre elas, a super ativação da enzima PARP-1. Quando há ativação exacerbada, PARP-1 leva ao consumo exagerado de NAD+ que prejudica a função mitocondrial e produção de ATP, comprometendo a viabilidade celular. Assim, a inibição de PARP-1 pode contribuir com o equilíbrio metabólico. Olaparibe, um inibidor de PARP, tem sido avaliado como um potencial uso terapêutico para o tratamento de sepse. Objetivo: Avaliar os efeitos de olaparibe em células mononucleares isoladas do sangue periférico de pacientes com sepse por SARS-CoV-2. Métodos: Foram incluídos dezoito pacientes com sepse por SARS-CoV-2 e seis voluntários sadios pareados em idade e gênero. A atividade da enzima PARP-1 foi avaliada utilizando a técnica de western blot para detectar proteínas pariladas. Os efeitos de olaparibe foram avaliados na viabilidade celular por meio da identificação de células apoptóticas; na função mitocondrial, através da detecção do potencial de membrana mitocondrial; e na produção de citocinas, medidas por citometria de fluxo utilizando o sistema de matriz de esferas citométricas. Resultados: A enzima PARP-1 foi encontrada na forma íntegra (116 kDa) em indivíduos sadios e na forma clivada (89 kDa) em pacientes. Foi detectada maior quantidade de parilação em indivíduos sadios em comparação aos pacientes. O tratamento com olaparibe na concentração de até 100 µM não afetou a viabilidade das células. Essa mesma concentração preservou o potencial de membrana mitocondrial das células dos pacientes e dos sadios ao proteger contra a despolarização após estímulo com H2O2 250µM. O uso de olaparibe, nas concentrações 10 µM e 100 µM, não modulou a produção de citocinas inflamatórias pelas células dos pacientes com sepse por SARS-CoV-2. Conclusão: Olaparibe não prejudica a viabilidade celular, apresenta efeito benéfico na função mitocondrial, entretanto não possui efeitos na modulação de citocinas inflamatórias. |