Instabilidade genômica resultante de alterações teloméricas e centroméricas define a evolução cariotípica do melanoma em um modelo murino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Amanda Goncalves dos Santos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/24629
Resumo: Aneuploidia e instabilidade cromossômica são características da maioria dos tumores sólidos. Estas alterações podem resultar da segregação inapropriada dos cromossomos durante a divisões celulares, que pode ocorrer por diversos mecanismos incluindo defeitos teloméricos, amplificação centrossômica, centrômeros não funcionais e/ou defeitos no controle dos checkpoints do processo de divisão. Neste trabalho, foi utilizado um modelo in vitro de melanoma murino, cujo fator transformante foi o bloqueio de adesão celular ao substrato, para caracterizar alterações teloméricas e centroméricas que acompanham a transformação maligna dos melanócitos. Para estudar o tempo de ocorrência do encurtamento telomérico durante a transformação maligna, o perfil do comprimento telomérico foi analisado por Q-FISH e observamos que o tamanho dos telômeros diminui gradativamente ao longo da transformação maligna. Paralelamente, foi também encontrado um aumento no número de cromossomos sem telômeros e na complexidade do cariótipo, o que incluiu o aparecimento de fusões Robertsonianas em 100% das metáfases analisadas nas células metastáticas. Estes achados estão em concordância com estudos que mostram que anormalidades no comprimento dos telômeros parecem ser uma das alterações genéticas mais precocemente adquiridas no processo de transformação maligna e que anormalidades teloméricas resultam em agregação telomérica, ciclos de quebra, ponte e fusão e instabilidade cromossômica. Outra característica importante do modelo é a grande instabilidade centromérica manifestada pela presença abundante de fragmentos centroméricos e fusões de centrômeros. Juntos, estes resultados ilustram, para este modelo de melanoma, instabilidade cromossômica com uma assinatura estrutural de quebras centroméricas e perda telomérica.