A síndrome de lipodistrofia: um marcador de risco para doença cardiovascular em indivíduos com HIV-AIDS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pereira, Valdelias Xavier [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2464289
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46192
Resumo: Introdução: A terapia antirretroviral, especialmente a altamente ativa (HAART), desenvolveu significativo avanço para o tratamento de pessoas que vivem com AIDS, e por isso a doença adquiriu características de moléstia crônica. Após a introdução da HAART, várias alterações foram observadas tais como a síndrome da lipodistrofia (SL), além de desajustes metabólicos e disfunções autonômicas. Objetivo: Avaliar se a síndrome da lipodistrofia em indivíduos com HIV/AIDS constitui marcador de risco para a doença cardiovascular. Método: Trata se de um estudo transversal, por amostragem de conveniência em que foram analisados 144 pacientes adultos, que vivem com HIV/AIDS em seguimento no ambulatório especifico no serviço de referência do Programa Municipal de DST/AIDS da Prefeitura de São Bernardo do Campo (PM-DST/AIDS-PSBC). Destes, 72 eram pacientes adultos que apresentavam a SL. Foram considerados também outros 72 pacientes adultos seguidos no referido ambulatório e que viviam com AIDS sem a SL e compuseram o grupo controle, todos controlados imunologicamente e sem manifestações clínicas de envolvimento cardiovascular. Foi utilizado escore de risco de Framingham e a caracterização de Síndrome Metabólica para a avaliação do risco cardiovascular. A análise da modulação autonômica foi realizada por intermédio dos índices de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) com análise linear [nos domínios do tempo (DT) e da frequência (DF)]. Para análise dos dados, foram utilizados Teste T de Student não pareado e Mann-Whitney. Considerou-se como significante p<0,05. Resultados: Após critérios inclusão/exclusão, dos 144 pacientes recrutados, a amostra final constituiu-se de 81 pacientes que foram subdivididos e integraram dois grupos. De acordo com o escore de Framingham, o risco cardiovascular era moderado a alto em 46,59% dos pacientes do grupo com SL e 14,29% dos pacientes grupo sem a SL. De acordo com a definição do NCEP-ATPIII, a síndrome metabólica foi observada em 54,76% nos pacientes do grupo sem a SL e 35,90% dos pacientes com a SL. A analise da VFC demonstrou menor variabilidade estatisticamente nos pacientes com SL nos Indexes: LF(ms2), HF(ms2) e SDNN(ms2), em relação ao grupo sem a SL. Conclusão: Apresentaram maior risco cardiovascular os indivíduos que vivem com HIV/AIDS e com a SL quando comparados aos que não apresentavam a síndrome. A lipodistrofia confere aos 20 sujeitos com HIV/AIDS um fenótipo que os identifica e caracteriza como marcador de risco cardiovascular.