A direção social do trabalho profissional dos (das) assistentes sociais na política de assistência social do município de Santos
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10114162 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61955 |
Resumo: | Essa pesquisa intencionou apreender elementos que nos indicassem a direção social do trabalho dos (as) assistentes sociais da política de assistência social de Santos – SP. Para tanto, ofertamos questionários auto aplicados aos (as) profissionais. Os (as) respondentes trouxeram elementos que nos permitiram indicar algumas pistas importantes da direção que tem caminhado o trabalho de um coletivo de assistentes sociais. No primeiro capítulo, apresentamos uma reflexão sobre os caminhos e descaminhos da proteção social, sua singularidade e particularidade no Brasil e no município de Santos. Realizamos um percurso histórico da (re)construção do sistema de proteção social e suas formas na sociedade capitalista: partimos de uma análise macro desse sistema e seus rebatimentos ao nível nacional e municipal, compreendendo as especificidades das características residuais e focalizadas que o sistema de proteção social assume na sociedade do capital, especialmente no Brasil, com forte herança colonial, escravocrata e que adentra tardiamente no capitalismo e na história das políticas sociais. Tais especificidades são detalhadas no segundo item do primeiro capítulo que traz desde sua introdução nos anos 1920 até os tempos de ajuste fiscal em 1990. Nesse período de ajuste vivemos um intenso processo de redemocratização no país que ficou entre a efetivação de uma Constituinte ―Cidadã que inaugurava a ideia de seguridade social e trazia a promulgação da LOAS, do PNAS e mais à frente do SUAS, e a contenção de gastos sociais que orientava para o trinômio privatização, focalização e descentralização. A cidade de Santos não é diferente do cenário desastroso em tempos neoliberais: por exemplo, seu IDHM é referência nacional e ao mesmo tempo apresenta uma extrema desigualdade, no que diz respeito à expectativa de vida, acesso a políticas sociais, moradias etc. O chão sócio histórico percorrido foi essencial para a construção do segundo capítulo, que trouxe a materialização da política social no município de Santos. Portanto, traçamos o percurso metodológico realizado e os sentidos do trabalho profissional dos (as) profissionais. Deparamo-nos com profissionais na maioria mulheres, brancos e pardos, de formação acadêmica privada e vinculação religiosa. Por um lado, conseguiram fazer reflexões sobre a responsabilização da mulher, disfarçada no viés da centralidade da família da política de assistência social, e por outro reconheceram e explicitaram que muitas das vezes o fazer profissional se reduz a operacionalização da política e a aplicação de manuais. As atribuições profissionais são basicamente as ações contidas em orientações técnicas do MDS e a ideia de que a política social que é mediação para o trabalho profissional pode emancipar e gerar autonomia, desconsiderando e não refletindo sobre o caráter residual dessa política. Percebemos também a baixa participação social dos (as) trabalhadores (as) e ficou claro que a maioria deles (as) veem como horizonte do projeto profissional a garantia de direitos sociais, desconsiderando o caráter revolucionário do projeto hegemônico. A partir dos dados colhidos, partimos para reflexão teórica no terceiro capítulo, em que abordamos o trabalho profissional nas políticas sociais, os direitos sociais, a materialização das políticas sociais e o significado do projeto hegemônico e sua disputa em tempos conservadores. Reflexões essenciais para que não caiamos nas armadilhas do sempre atual conservadorismo e para compreensão dos limites e possibilidades que o (a) profissional tem cotidianamente para reforçar a direção social de seu trabalho no caminho em que o projeto profissional hegemônico aponta. |