Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo geral, a partir da ótica de aconselhadores de Serviços de Prevenção em AIDS, analis ar o aconselhamento como prática de promoção e educação em saúde. No es copo dos objetivos específicos foram definidos: caracterizar o per fil profissional dos Aconselhadores de Serviços de Prevenção; apreender as concepções e pr áticas no contexto do aconselhamento e identificar possibilidades educativas na prática do aconselhamento. Como referencial teórico foi priv ilegiada uma abordagem histór ica do Aconselhamento em AIDS, entendendo a emer gência das demandas por serviços de saúde que respondessem às necessid ades dos usuários. Enfocou-se o Aconselhamento no campo da promoção da saúde, situando -o como uma prática de educação em saúde. O desenho metodológico envolveu entrevistas semi-estruturadas com 11 aconselhadores que atua m em Centros de Testagem e Aconselhamento nos municípios de Franco da Rocha, Jundiaí e Itatiba. Os dados foram analisados sob a perspectiva da análise temática, tendo como núcleos orientadores: perfil dos aconselhadores, inserção no serviço, proc esso de formação, co ncepções, prática, dificuldades e facilidades. Os resultados foram sistematizad os, delineando-se, a partir da análise, os núcleos temáticos: características do perfil profissional; inserção, formação e aprendizagem; aconse lhamento como prática de educação em saúde; condições instit ucionais: infra-estrutura e supervisão; prática do aconselhamento: modalidades, usuário, dificuldades e facilidades; aconselhamento: desafios e possibilidades. Dent re os resultados, destacaram-se o aconselhamento como acolhimento, impl icando a escuta ativa da demanda dos usuários e considerando os aspectos educativos, a conscientização dos usuários sobre a responsabilidade como sujeitos de sua pr ópria saúde, construi ndo uma atitude de autonomia. Importante ress altar que esta prática insere-se em condições institucionais objetivas qu e nem sempre são favoráveis ao desenvolvimento do trabalho. O Aconselhamento pode, além do espaço dos CTAs, ser vivenciado nas Unidades Básicas de Saúde. Constitui-se, um projeto de educ ação em saúde que situa o atendimento para a vida. |
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