Características da marcha e mobilidade funcional de indivíduos com Distrofia Muscular de Duchenne em diferentes mutações gênicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Miguel, Cleide Daiana Silva [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/62410
Resumo: A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma doença grave degenerativa recessiva ligada ao cromossomo X caracterizada por fraqueza muscular progressiva com início na primeira infância resultando em declínio progressivo e irreversível de habilidades funcionais. O gene da DMD é considerado o mais longo nos seres humanos, com 79 éxons, e devido ao seu comprimento é altamente suscetível a mutações que resultam na ausência de distrofina. O estudo de estratégias motoras, marcha e mobilidade funcional complementam a avaliação desses indivíduos e permite interpretações ainda não descritas previamente, considerando aspectos genéticos e a evolução da doença. O objetivo principal deste estudo foi caracterizar a marcha e a mobilidade funcional de indivíduos com DMD nas deleções, duplicações e mutações de ponto no gene da distrofina. Foi realizado um estudo observacional de caráter longitudinal, com 40 meninos entre 5 e 17 anos no Setor de Investigação de Doenças Neuromusculares da UNIFESP. Os indivíduos foram avaliados individualmente em três momentos distintos no período de um ano (avaliação inicial, 6 e 12 meses) com as seguintes escalas/testes: Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Escala Vignos, Timed Up & Go (TUG), Caminhada de 10 metros (TC 10m) e Escala de avaliação funcional (FES-DMD-D4). Os resultados demonstram diferença entre a avaliação inicial e final no TC 10m e no número de passos, diferente da FES- DMD que mostrou piora progressiva ao longo de 12 meses. O grupo duplicação apresentou tempos de execução no TUG test e TC 10 m mantidos entre avaliação inicial e seis meses e o grupo mutação as alterações ocorrem de maneira gradativa no mesmo período. O estudo concluiu que os perfis de progressão de cada alteração gênica são distintos e também apresentam características de progressão diferentes conforme a localização dos éxons, o que possibilita avaliar estratégias intervenção específica para cada indivíduo com DMD.