Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Alves, Claudia Maria Pereira [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/10405
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Resumo: |
Introdução: a doença renal crônica é uma síndrome complexa; vários fatores contribuem para que pacientes em hemodiálise apresentem um estado inflamatório crônico e disfunção endotelial pronunciada, levando a alta prevalência de doença cardiovascular aterosclerótica prematura. A infecção pelo vírus da Hepatite C, comum nestes pacientes, poderia ser um fator de piora para este estado inflamatório. Dosagem de marcadores de lesão endotelial como ICAM-1 e VEGF, pode ser uma arma para identificar pacientes com risco elevado que necessitam de medidas efetivas que possam diminuir a mortalidade. Objetivos: comparar atividade endotelial entre pacientes renais crônicos portadores e não portadores de Hepatite C submetidos à hemodiálise. Métodos: selecionamos 18 pacientes em diálise com hepatite C e viremia positiva – grupo HCV(+), e outros 10 pacientes em diálise sem hepatite – grupo HCV(-). Os grupos foram avaliados num único momento com relação a: adequação da diálise (Kt/V); atividade endotelial – ICAM-1 e VEGF; atividade necroinflamatória e função hepática – albumina, ALT e TAP; pesquisa de crioglobulinemia; dosagem de C3, C4 e fator reumatóide; avaliação nutricional: antropométrica, laboratorial e subjetiva – IMC, %adequação PCT, %adequação GC, CMB e %adequação CMB; albumina, transferrina e linfócitos totais. Resultados: sexo masculino 68%, idade entre 20-69 (45,39 + 14,11) anos. Tempo em hemodiálise variou de 6 meses a 22 (7,45 + 6,35) anos, significativamente maior no grupo HCV(+), p=0,0149. Todos os pacientes atingiram o valor esperado de Kt/V (1,32 + 0,17). O ICAM-1 estava elevado (402 + 182,1) em 60,71% pacientes; mais alto no grupo C positivo (435,1 + 188,6 vs 342 + 161,8), porém não significante, p=0,2024. Não houve correlação entre nível de ICAM-1 com tempo em diálise ou ALT, em nenhum dos grupos (r = 0). Os níveis de VEGF foram normais (295,4 + 237,9) em 92,85% dos pacientes. Todos tinham função hepática normal (TAP 92,34 + 7,67) e não foi encontrada lesão significativa no fígado (ALT 35,23 + 24,42). Em nenhum dos pacientes foram encontradas crioglobulinas. Apenas a fração C3 do complemento estava baixa (79,38 + 19,23) em 75% dos pacientes, sem diferença entre os grupos, p=0,9293. O fator reumatóide foi normal (29,73 + 15,11) em 71,42%, também sem diferença entre os grupos, p=0,1248. A avaliação nutricional antropométrica revelou desnutrição leve a moderada, com reserva muscular diminuída (%CMB 85,20 + 10,28) em todos, e gordura corporal elevada (%GC 22,30 + 3,19) em 55,56%. A média dos valores dos parâmetros laboratoriais analisados, albumina (4,12 + 0,51), transferrina (210,6 + 104,4) e contagem de linfócitos (1398 + 562,5) encontravam-se normais nos dois grupos. Subjetivamente 92,85% classificado como desnutrição leve; 7,14% moderada e nenhum eutrófico. Conclusões: observamos que renais crônicos em hemodiálise possuem elevado grau de lesão endotelial, porém a presença de hepatite C não foi um fator agravante deste quadro. ICAM-1 é um bom marcador nesta população, já VEGF não se mostrou útil para a avaliação endotelial nestes pacientes. É possível que estes resultados advenham da amostra limitada, necessárias análises com um número maior de pacientes para estabelecer se existe maior atividade endotelial em pacientes com insuficiência renal em hemodiálise com hepatite C. |