Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Mastroianni, Fábio de Carvalho [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/8969
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Resumo: |
O jornalismo exerce um importante papel na construção social da realidade e está diretamente relacionado ao processo de formação da opinião pública. A presente pesquisa buscou unir aspectos quantitativos e qualitativos objetivando analisar e comparar o conteúdo dos textos jornalísticos sobre drogas, publicados na imprensa brasileira nos anos de 2000 e 2003, assim como compreender o processo de construção dessas notícias a partir do referencial de seus autores. Para tanto, foram realizados dois estudos complementares: a) a análise de conteúdo de 2.510 matérias (1.110 em 2000 e 1.400 em 2003) extraídas por clipping dos principais jornais e revistas do Brasil; e b) a análise do discurso dos profissionais da área de comunicação (N=22) autores de matérias sobre drogas, obtidos por entrevistas semi-estruturadas, gravadas e transcritas literalmente. Entre as matérias jornalísticas analisadas verificou-se que tanto para o tabaco quanto para o álcool, predominaram temas relativos a políticas públicas, enquanto que para as demais drogas (maconha, derivados da coca e textos sobre drogas de maneira geral) os textos foram mais restritos às conseqüências negativas do uso e ao tráfico de drogas. Entre os anos de 2000 e 2003 foi observado um aumento de matérias sobre políticas relacionadas ao álcool enquanto que para maconha e cocaína aumentou o número de matérias que utilizaram termos pejorativos. Cerca de metade dos textos analisados em ambos os anos foram do tipo nota. Em relação ao discurso dos profissionais, a maioria considerou inadequada a cobertura jornalística sobre o tema, apontando dificuldades tais como a falta de conhecimento mais amplo sobre o assunto, assim como o tempo escasso para a elaboração de matérias com maior profundidade. Os resultados confirmam o descompasso entre imprensa e epidemiologia, bem como a superficialidade com que um tema tão complexo é tratado. Além disso, para que haja uma cobertura mais adequada do tema é necessária uma maior capacitação dos profissionais da área de comunicação, assim como uma aproximação maior destes com profissionais e acadêmicos da área de saúde. |