Relação entre estresse e percepção da dor do paciente e sucesso da cirurgia de implante dental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gomes, Andressa Tamara Rocha de Queiroz [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/63937
Resumo: Introdução: O manejo adequado do estresse nos pacientes submetidos à cirurgia de implantes pode desempenhar um papel importante na redução da experiência subjetiva de dor. O cortisol é um glicocorticóide relacionado ao estresse e a coleta do cortisol salivar é um dos métodos não invasivos mais utilizados em estudos sobre ansiedade/estresse. Os glicocorticóides inibem a formação da zona de vedação dos implantes, e quando a integridade dos tecidos moles não é mantida durante a fase de cicatrização, existe maior risco para infecções e ocorre consideravelmente mais perda óssea peri-implantar. Para realização da pesquisa, nós hipotetizamos que um aumento do estresse percebido e consequentemente a elevação do cortisol possam estar relacionados com a cicatrização e recuperação de pacientes submetidos ao implante dentário. Assim avaliamos a interferência do estresse percebido, através dos questionários Spielberguer e escala de Corah e da dor através da escala visual analógica (EVA), e correlacionamos os níveis de cortisol mensurados na saliva e a recuperação dos tecidos moles após a cirurgia em pacientes submetidos a colocação de implante dentário pela primeira vez. Objetivo: O presente estudo investigou a relação do estresse com a recuperação cirúrgica dos pacientes submetidos a colocação de implantes dentários pela primeira vez, avaliando os níveis de estresse percebido, dosando os níveis de cortisol salivar, investigando os níveis de dor percebida no pós-cirúrgico e determinando as condições da ferida cirúrgica no momento da retirada da sutura. Métodos: Pacientes dos cursos de especialização da Unimes e Abo-Santos foram avaliados em três tempos: 1 semana antes da cirurgia (T1), no dia da cirurgia (T2) e no dia de remoção da sutura (T3). Foram coletados dados para anamnese e caracterização da amostra. Os questionários IDATE- T, IDATE- E e escala de Corah foram aplicados para determinação do nível do estresse percebido e dosamos os níveis de cortisol salivar nos três tempos. Em T3, também foi avaliada a dor, hemorragia, hematoma, inchaço e gosto ruim/mal hálito através de escala EVA para se avaliar as condições pós operatórias no decorrer do período de cicatrização, além de ser inspecionado visualmente se havia presença ou ausência da “cabeça” do parafuso aparente após remoção da sutura. Resultados: Um achado importante foi que houve diferença estatística significativa (p=0,007) entre a pontuação na escala de Corah de pacientes ansiosos com fobia de dentista, e os indivíduos que tiveram a cicatrização deficiente dos tecidos moles, onde a “cabeça” do parafuso do implante ficou exposta no tempo 3. Foi encontrada também uma correlação significativa entre a variável dor e os pacientes com a “cabeça” do parafuso aparente (p <0,001). Ao correlacionarmos a dor com a escala de Corah, também encontramos diferenças estatisticamente significativas (p=0,04). Já a comparação das dosagens de cortisol salivar nos tempos analisados não houve diferença significativa, e o mesmo aconteceu ao compararmos os questionários IDATE-E nos 3 tempos. Conclusão: Nossos achados identificaram que o nível de estresse pode influenciar a cicatrização e sucesso dos implantes.