Análise de marcadores de hemólise em portadores de anemia falciforme
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3288123 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47791 |
Resumo: | A hemólise na Anemia Falciforme (AF) é um dos mecanismos associados às manifestações clínicas da doença. Ela é predominantemente extravascular, a partir da exposição de sinais clássicos de fagocitose no eritrócito (sinais "eat me") contrabalançados por sinais de inibição (?don?t eat me?). O restante da hemólise ocorre por via intravascular, o que resulta na liberação de Hb livre no plasma que, para ser depurada, necessita das proteínas haptoglobina e hemopexina. A hidroxicarbamida (HU), utilizada no tratamento da AF, apresenta entre seus efeitos redução da hemólise. No entanto, pouco se sabe sobre a ação da HU nestes mecanismos. Objetivos: Avaliar a importância de marcadores relacionados à hemólise em indivíduos com AF no estado basal, com e sem uso de HU. CASUÍSTICA: Foram avaliados 40 indivíduos adultos com AF (36 com diagnóstico SS e 4 com S?0-talassemia) acompanhados no Ambulatório de Anemias Hereditárias da EPM/UNIFESP. Estes foram distribuídos nos grupos: a) SS ?pacientes em estado basal sem HU (N=20); b) SS-HU - em uso de dose máxima tolerada de HU (N=20). O grupo controle (N=22) foi constituído por indivíduos saudáveis. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e todos os pacientes concordaram em participar, assinaram TCLE. Critérios de exclusão:gestantes e indivíduos em transfusão crônica. MÉTODOS: Avaliação laboratorial: hemograma, contagem de reticulóctios (Ret), hemoglobina fetal (HbF), bilirrubina indireta, desidrogenase lática (DHL) e isoformas, Hb livre plasmática (HbL), haptoglobina (Hp). Foram avaliados por citometria de fluxo: expressão de banda-3, fosfatidilserina), CD47, microvesículas (MCV), CD59, (FACSCalibur®, Software CellQuest, Becton Dickinson Biosciences®). Análise estatística: Kruskal-Wallis e Correlação de Spearman, com nível descritivo de 5%. Resultados/DISCUSSÃO: Como esperado, os grupos de pacientes (SS e SS-HU) apresentaram marcadores de hemólise significativamente diferentes do grupo Controle. A DHL apresentou forte correlação negativa com Hp e positiva com HbL, confirmando seu papel como marcador de hemólise intravascular. As isoformas DHL-1, -2 e -3 apresentaram forte correlação positiva com HbL, sugerindo que a DHL-3, com origem ainda pouco esclarecida, possa ser também marcador útil na hemólise. Dos marcadores de eriptose avaliados, observou-se aumento da expressão da banda-3 no grupo SS-HU em relação aos outros grupos. Houve diferença entre os três grupos estudados em relação a expressão do CD59. Além disso, a expressão do CD59 nas MCVs estava aumentada no grupo SS-HU e isso foi diferente em relação aos outros grupos. Conclusões: Apesar da importância do CD47 na eriptose, não foi observada diferença em sua expressão entre pacientes e controles. No entanto, a possibilidade de utilização da isoformas de DHL-3, tanto como marcador de hemólise quanto no monitoramento do uso de HU, necessita ser melhor explorado. O aumento da expressão da banda-3 na presença de HU parece ter um papel importante na reologia do eritrócito. A expressão elevada do CD59 no grupo SS-HU sugere que esta droga possa ter papel protetor na lise do eritrócito. |