Diferenças entre sexos na resposta ventilatória decorrente da interação entre o quimiorreflexo carotídeo e o mecanorreflexo muscular em humanos saudáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Diogo Machado de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7654898
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59283
Resumo: Ao comparar os sexos, os homens apresentam pulmões e parede torácica maiores e têm maior capacidade de atender as demandas impostas à taxa de fluxo aéreo, volume pulmonar e difusão alvéolo-capilar. No entanto, diferenças no controle neural da ventilação (VE) entre homens e mulheres ainda foram pouco exploradas. Dados indicam que a resposta da VE à hipóxia em exercício de intensidade leve é menor em mulheres quando comparado aos homens, o que a princípio pode ser interpretada como uma desvantagem. Tal achado pode ser explicado por mecanismos de controle neural da VE. Nesse sentido, a hipótese do presente estudo foi que a ativação concomitante do quimiorreflexo carotídeo e o mecanorreflexo muscular geraria maior resposta de aumento da VE em homens que em mulheres. Para testar essa hipótese foram recrutados 30 indivíduos saudáveis (15 homens e 15 mulheres). O estudo foi delineado como randomizado, controlado, cruzado e cego simples. Os voluntários realizaram 2 visitas ao laboratório. O mecarreflexo muscular foi ativado através de movimento passivo realizado por dinamômetro isocinético. A atividade quimiorreflexa carotídea foi mantida via oferta de FiO2 de 21% ou estimulado via oferta de FiO2 de 12%. O tempo de exposição aos gases foi aproximadamente de 3 minutos. Cada visita contemplou 8 repetições (4 repetições em repouso e 4 repetições com movimento passivo), sendo 30 segundos para períodos de registro basal, condição repouso ou movimento passivo e recuperação. Como resultado, a resposta da VE na condição de movimento sob hipóxia nas mulheres não foi maior que a soma da VE na condição de movimento sob normoxia e repouso sob hipóxia. No grupo dos homens nota-se que a resposta da VE na condição de movimento sob hipóxia foi maior que a soma da VE na condição de movimento sob normoxia e repouso sob hipóxia. Portanto, os resultados sugerem que a interação do quimiorreflexo carotídeo e o mecanorreflexo muscular é hiperaditiva em homens e aditiva em mulheres. Adicionalmente, estes resultados contribuem na compreensão de mecanismos fisiológicos que estão presentes na formação da resposta ventilatória ao exercício e evidencia que há diferença na resposta ventilatória entre sexos.