Associação entre cárie dental e fatores socioeconômicos em escolares - análise multinível

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Engelmann, Janessa Luiza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Santa Maria
BR
Odontologia
UFSM
Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufsm.br/handle/1/6175
Resumo: O objetivo desse estudo foi verificar a associação entre cárie dental e cárie dental não tratada com fatores individuais e contextuais em escolares na faixa etária de 12 anos a partir de um levantamento epidemiológico realizado no ano de 2012 na cidade de Santa Maria-RS, Brasil. Os dados foram coletados através de exames clínicos e questionários estruturados. As variáveis clínicas avaliadas foram cárie dental, através do índice CPO-D, e presença ou ausência de placa dental. As condições socioeconômicas foram obtidas mediante questionários respondidos pelos responsáveis. Variáveis relacionadas ao contexto em que a criança estava inserida (bairro da escola) foram obtidas através de publicações oficiais do município. Os dados foram analisados no programa STATA 12.0, utilizando modelos multiníveis de Regressão de Poisson para avaliar a associações entre variáveis clínicas, fatores individuais e contextuais, e cárie dentária. No total, 1134 crianças foram avaliadas. A prevalência de cárie da amostra (CPO-D≥1) foi 49.9% (95%IC: 45.05% - 54.77), e a media de CPO-D foi de 1.15 (95%IC: 1.01-1.29) com 0.068 de erro padrão. Crianças pertencentes ao 3º tercil e 2 º tercil de renda da amostra, representado pelas parcelas rica e intermediária, apresentaram uma chance 50% (OR 0.50: IC95% 0.35-0.71) e 39% (OR 0.61: IC95% 0.45-0.82) menor, respectivamente, de ter cárie não tratada quando comparados com as crianças pertencentes a parcela mais pobre da amostra,representadas pelo 1º tercil de renda. Com relação à variável contextual, renda média do bairro, no modelo ajustado ela se mostrou associada ao desfecho considerado, apresentando uma chance 70%(1,70 IC 95% 1:19 - 2:43) maior de cárie não tratada em crianças de bairros onde a renda média era inferior a R$ 1.950,00 ("< quartil 75‖). Houve desigualdade na distribuição de cárie e cárie não tratada, sendo os mais negativamente afetados, aqueles com piores perfis socioeconômicos. Os resultados mostram a necessidade de planejamento e medidas públicas para a promoção de saúde bucal que considerem os determinantes socioeconômicos individuais e contextuais.