A sátira: uma estrada nova na obra de Cyro Martins
Ano de defesa: | 2004 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Santa Maria
BR Letras UFSM Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufsm.br/handle/1/9763 |
Resumo: | O presente trabalho tem como propósito mostrar que Estrada nova (1954), último romance que compõe a intitulada "trilogia do gaúcho a pé", de Cyro Martins, pode oferecer uma possibilidade de leitura através do uso da sátira. Esta, entendida como crítica social do autor ao poder exercido pela conjuntura política em vigor, sistematiza-se no ataque a duas facções: de um lado, ao coronelismo rural e, de outro, ao grupo de dirigentes políticos que representa a classe urbana culta. O riso apresenta-se como o recurso utilizado a fim de alcançar o sentido crítico esperado, qual seja, a denúncia da disputa de poder entre os representantes de classes superiores. Trata-se, pois, da utilização desse elemento como meio de dessacralizar conceitos em vigor. Ao eleger a figura frágil de Teodoro enquanto modelo humano que corporifica o morador da Campanha gaúcha, Cyro Martins promove, através do riso, a subversão da tradição e do mito que consagrou a figura do gaúcho. Em um segundo momento, o alvo de "ataque" do autor é o grupo político constituído por autoridades que acabam por desbancar Teodoro da condição de dominador de seu mundo. Através da denúncia de falcatruas, o autor desnuda uma sociedade inescrupulosa que faz da mentira e da trapaça meios para permanecer no poder. Os desmandos denunciados pela sátira, por fim, deixam antever a classe dos dominados e sua progressiva tomada de consciência a respeito da repressão de que são vítimas. |