Aplicação de disseleneto de difenila subcutâneo em camundongos infectados com Toxoplasma gondii: efeitos imunomodulatórios e antioxidantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Machado, Vanessa Schopf
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Santa Maria
Brasil
Bioquímica
UFSM
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica Toxicológica
Centro de Ciências Naturais e Exatas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufsm.br/handle/1/13861
Resumo: Toxoplasma gondii é capaz de parasitar qualquer tipo de célula nucleada, podendo causar alterações bioquímicas, funcionais e estruturais nas células dos hospedeiros. Os quimioterápicos para o tratamento não são totalmente eficazes e apresentam efeitos colaterais, sendo necessário a busca por formas alternativas. Com isso, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da administração subcutânea do disseleneto de difenila (PhSe)2 sobre enzimas do metabolismo energético no coração e encéfalo de camundongos experimentalmente infectados com T. gondii, assim como verificar o seu efeito modulatório sobre variáveis bioquímicas e comportamentais minimizando os efeitos patológicos da doença. Os animais infectados com T. gondii apresentaram comportamento ansiolítico e perda de memória, de forma similar ao observado nos animais infectados e tratados com (PhSe)2. Nas análises histopatológicas de encéfalo foi possível observar a presença de cistos de T. gondii e infiltrado inflamatório moderado; já no coração foi observada severa necrose e hemorragia em ambos grupos infectados, porém de menor intensidade nos tratados. Uma redução significante na atividade das enzimas creatina quinase (CK) e adenilato quinase (AK) foi observada no encéfalo dos animais infectados (controle positivo) quando comparado ao grupo não infectado (controle negativo), porém o tratamento com (PhSe)2 não foi capaz de reverter essa diminuição quando comparado com o controle positivo. Foi observada uma redução significativa na atividade da AK no coração, ao passo que a atividade da CK cardíaca aumentou nos animais infectados quando comparado aos animais não infectados. O tratamento com (PhSe)2 não foi capaz de prevenir estas alterações enzimáticas de CK e AK quando comparado ao controle positivo. Foi observado um aumento significante nos marcadores séricos da função cardíaca, como a CK, mioglobina e lactato desidrogenase (LDH) nos animais infectados quando comparados aos animais não infectados. O tratamento com (PhSe)2 foi capaz de prevenir o aumento dos níveis séricos da CK e LDH comparado com o grupo controle positivo. A atividade da acetilcolinestarase aumentou significativamente nos animais infectados comparado ao grupo controle negativo, mas o tratamento com (PhSe)2 não foi capaz de prevenir este aumento. Um aumento significante nos níveis das espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), bem com um aumento na atividade da glutationa peroxidase (GPx) e glutationa reductase (GR) foi observado nos animais infectados comparado ao controle negativo, ao passo que a atividade da glutationa S-transferase (GST) diminui nesses animais. O tratamento com (PhSe)2 foi capaz de prevenir o aumento dos níveis de TBARS e GR, bem como prevenir a depleção na atividade da GST no encéfalo de animais infectados comparado ao controle positivo. Pode-se concluir que a infecção crônica por T. gondii, além de induzir alterações no tecido encefálico, é capaz de induzir inflamação, estresse oxidativo e alterações no coração de camundongos infectados, e o uso de (PhSe)2 apresentou efeito protetor no coração, além de efeito antioxidante, porém não foi capaz de reverter os achados comportamentais.