O processo de inclusão do aluno surdo no curso Técnico em Informática do Cefetes Serra - ES: um estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: CALDAS, Wagner Kirmse
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFES
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/187839
Resumo: Este estudo teve por objetivo pesquisar a inclusão de um aluno surdo no Curso Técnico em Informática do Cefetes Serra/ES. Sendo o Cefetes uma instituição notadamente da área de tecnologia e tendo pouca vivência na inclusão de pessoas com necessidades especiais, é que lancei esse olhar sobre o aluno que receberia na referida disciplina. Como seria o espaço da aula para esse aluno? Quais seriam as representações que se colocariam sobre ele? Busquei nos Estudos Culturais um apoio para sustentar o estudo sob a perspectiva dos estudos surdos, respeitando a diferença e a identidade por eles constituída. O trabalho ocorreu na sala de aula onde era professor do aluno, a partir de anotações em diário de campo e com a presença de um intérprete de LIBRAS contratado pela instituição para traduzir as aulas para o aluno. Utilizei dois questionários, um aplicado no início do módulo, em que perguntava qual a expectativa dos alunos ouvintes sobre a presença da diversidade, e outro ao final do semestre com as mesmas perguntas, só mudando o tempo verbal, a fim de diagnosticar quais daquelas expectativas haviam mudado. Finalizando a pesquisa, efetuei a transcrição das aulas anotadas nos diários, observações sobre os ocorridos, soluções utilizadas e resultados positivos dessa pesquisa. A conclusão desse trabalho passa pelas contribuições que ações e práticas pedagógicas receberam. O grupo de formação professor e intérprete tornaram-se uma referência interna da instituição para o planejamento das aulas. Ao tentar possibilitar a compreensão do aluno surdo, as práticas docentes foram moldadas, ajustadas e repensadas, num sentido de materializar as explicações através de metáforas visuais e recursos inventivos. Essas ações não só beneficiaram o aluno surdo como também facilitaram o processo de aprendizagem dos demais alunos da turma.