Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
FERRARI, Ana Carolina Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFMG
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/188278
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Resumo: |
O objetivo geral desta Pesquisa foi investigar os limites, possibilidades e implicações da atuação do tradutor intérprete de Libras na aprendizagem matemática de Surdos em salas de aula do Ensino Fundamental. Mais precisamente, buscou-se compreender o quanto essa atuação se distancia ou se aproxima dos conhecimentos matemáticos ensinados pelo professor ouvinte. Os referenciais teóricos que fundamentaram o estudo envolveram a literatura sobre a educação dos Surdos ao longo da História, a inclusão dos Surdos em escolas regulares, o trabalho do intérprete e uma visão sociocultural da aprendizagem matemática dos Surdos. Participaram da pesquisa alunos Surdos, professores de Matemática e intérpretes de Libras de três turmas (duas de 7º e 8º anos e uma de EJA) do Ensino Fundamental de duas escolas da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte. A estratégia de trabalho seguiu os moldes usuais de uma pesquisa qualitativa em Educação, utilizando, como instrumentos de produção de dados, registro em áudio e vídeo de observações em salas de aula e de entrevistas semiestruturadas, e diário de campo. Para a análise dos dados foram selecionados dois episódios ocorridos nas turmas de 7º e 8º anos. Também foram discutidos trechos de entrevistas com o professor ouvinte e o intérprete de Libras da EJA. No caso das intérpretes do 7º e 8º anos foi verificado, a partir dos episódios, que ambas se distanciaram dos conhecimentos matemáticos ensinados pelo professor por duas razões principais: ausência de formação específica em Matemática ou de contatos prévios com os conteúdos matemáticos a serem trabalhados em sala de aula; ausência de competência técnica em Libras. Em relação à turma de EJA, constatou-se uma tensão entre o professor ouvinte e o intérprete de Libras acerca da responsabilidade de aprendizagem dos alunos Surdos. Em todos os casos, há uma indicação de que apenas a presença do intérprete de Libras em sala de aula não é suficiente para uma aprendizagem matemática significativa para os Surdos. E ainda que a interação direta entre professor ouvinte e alunos Surdos é desejável. Concluiu-se que os limites de atuação do intérprete em sala de aula são obscuros aos professores, intérpretes e alunos Surdos. Por fim, foram levantadas algumas questões sobre a formação de professores e intérpretes de Libras que poderão auxiliar em pesquisas futuras sobre o tema. |