Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
VASCONCELOS, Norma Abreu e Lima Maciel de Lemos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFPB
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190811
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Resumo: |
O estudo busca inserir a discussão sobre a inclusão de alunos surdos, tendo em vista dois contextos de atuação: uma sala de aula regular com apoio de intérprete em Libras e uma classe especial de surdos com professora especializada e usuária da língua de sinais. Partimos do pressuposto de que a inclusão não se constitui um estado permanente, nem uma mera inserção física de alunos especiais na escola regular. Por isso, buscamos dar coerência ao discurso oficial, quando diz que é necessária uma mudança da sociedade para receber todos os seus cidadãos; trazendo, à discussão, os processos educacionais em geral e suas possibilidades de dar materialidade a uma Educação para Todos. A partir dessas considerações, colocamos como questões de pesquisa: Quais as necessidades que os estudantes surdos apresentam? Como a equipe é composta e como atua? A metodologia usada pela professora colabora para que os alunos surdos participem das aulas e atinjam os objetivos de aprendizagem de modo satisfatório? A professora revela habilidade para perceber as potencialidades dos alunos e criar situações de aprendizagem que os ajudem a aprender? Como a inserção do intérprete de língua de sinais interfere no processo? Como as professoras, intérprete e alunos percebem o processo educacional? Através de entrevistas com professoras, intérprete e estudantes surdos e em observações de situações de ensino-aprendizagem em salas de aula, regular e especial, de escolas da rede pública de ensino do Estado de Pernambuco, obtivemos informações que nos permitiram problematizar o trabalho realizado em sala de aula, regular e especial, com alunos surdos, desde a aplicação e desenvolvimento das atividades até as formas de participação dos envolvidos (professora, intérprete e alunos) no processo educativo; bem como as falas desses atores educacionais sobre aspectos relativos à inclusão. Foi possível notar que a atuação do profissional intérprete na sala de aula não considerava as formas peculiares de pensar, sentir e diferir dos surdos, agravado pelo fato de os procedimentos pedagógicos da professora continuarem inalterados quanto à presença desses alunos. Essa dificuldade pareceu que era minimizada na classe especial de surdos, que é um local considerado segregador. Isso indica que é necessário desenvolver um novo olhar sobre a inclusão, evidenciando a urgência em superar a discussão com foco no binômio inclusão-exclusão e em promover uma reflexão profunda sobre a importância de desenvolver práticas culturalmente referenciadas. |