A inclusão do aluno surdo no ensino regular na perspectiva de professores da Rede municipal de ensino de Botucatu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: TENOR, Sonia Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-SP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190806
Resumo: A inclusão dos deficientes auditivos na escolar regular vem sendo abordada a partir de diferentes perspectivas, dentre elas os direitos da pessoa com deficiência e o exercício da cidadania, a exposição à língua de sinais ou ao português e a modalidade de ensino. Porém, ainda há pouca discussão sobre a implementação da inclusão escolar, em especial sobre a percepção dos professores envolvidos nesse processo. Nessa medida, o objetivo deste trabalho é investigar como a política de educação inclusiva e o seu processo de implementação junto ao aluno com deficiência auditiva têm sido percebidos e colocados em prática por professores da Educação Infantil e Ensino Fundamental da rede municipal de ensino de Botucatu. Participaram do estudo professores de duas escolas da rede municipal de ensino que atuam ou já atuaram com crianças surdas, sendo uma Escola de Educação Infantil e uma Escola de Ensino Fundamental. Optou-se por uma perspectiva qualitativa de estudo, sendo o instrumento utilizado uma dinâmica de grupos com um cartaz contendo estímulos disparadores da discussão. Os grupos foram audiogravados e, posteriormente, os diálogos foram transcritos para efeitos de análise. O método empregado na análise foi a construção de categorias. Os dados analisados evidenciaram que os professores não têm clareza da necessidade de ouvintes e surdos compartilharem uma língua comum, com ou sem intérprete, que possa viabilizar a dinâmica da sala de aula; e, no intuito de se fazerem compreender pelos deficientes auditivos, acabam utilizando diversos recursos comunicativos de forma improvisada. No geral, tendem a valorizar somente o esforço de comunicação da criança surda, independentemente do domínio de uma língua, apresentando assim baixa expectativa em relação à aprendizagem e letramento desse aluno. Além disso, elaboram suas práticas pedagógicas com base na idéia de que a linguagem é um código que tem como função primordial transmitir informações. Por fim, apontam a falta de envolvimento familiar e o despreparo dos docentes e da escola no processo de inclusão escolar.