Produtividade do trabalho na indústria de transformação nordestina: qual a importância do capital humano e do progresso tecnológico?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Gilvan dos lattes
Orientador(a): Esperidião, Fernanda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Sergipe
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Economia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://ri.ufs.br/handle/riufs/4570
Resumo: A evolução da produtividade do trabalho, particularmente no setor industrial, é um tema que vem sendo bastante discutido na literatura econômica brasileira recente e, nos anos 90, transformando-se em questão de grande interesse, dadas as modificações pelas quais passou a economia brasileira. Alguns estudos, como o de Sabóia e Carvalho (1997), trouxeram uma ampla resenha dos debates e controvérsias sobre o assunto; Bonelli e Fonseca (1998) aprofundaram a questão dos ganhos de produtividade e eficiência na economia brasileira; enquanto o estudo de Rossi Jr. E Ferreira (1999) analisou a evolução da produtividade industrial e sua relação com a abertura comercial nos anos 90. No Brasil, o foco do debate residia na discussão de saber se realmente houve aumento da produtividade da indústria brasileira ou se as taxas de crescimento estavam elevadas em virtude da superestimação dos índices do IBGE. E se houve aumento, quais a causas desse aumento. Nossa investigação objetivou entender o comportamento da produtividade do trabalho na indústria de transformação nordestina, identificar os principais fatores determinantes da sua evolução e a verificação empírica com vistas a checar se as fontes dos incrementos da produtividade do trabalho da indústria brasileira, identificadas pela literatura, também se aplica à indústria de transformação nordestina, enfatizando o papel do capital humano e do progresso tecnológico, além de analisar a contribuição desses fatores isso para o incremento observado. A metodologia consistiu na análise dos dados da PIA-IBGE sobre o comportamento da produtividade do trabalho, bem como a análise dos resultados de uma regressão com dados em painel, utilizando-se o modelo de efeitos aleatórios. Na análise dos resultados o poder explicação da variabilidade da produtividade foi de 70%, demonstrando que a variação entre indivíduos (between) superou a variação da mesma variável ao longo do tempo (within). O capital humano é a variável que melhor explica a variabilidade da produtividade do trabalho, seguida da variável que representou a abertura da economia ao mercado externo (exportações) e a produção. A proxy escolhida para representar o progresso tecnológico obteve resultado não significativo, ainda que a literatura neoclássica assegure a existência de uma relação de causalidade com o crescimento da produtividade do trabalho. Também ficou demostrada a existência de uma associação negativa e significante entre o tamanho da planta em número médio de pessoas ocupadas com a produtividade do trabalho.