Bilinguísmo: discurso de professores em área de froanteira, Bonfim-RR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Patricia Socorro da Costa Cunha lattes
Orientador(a): Lourival Novais Néto lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Roraima
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: http://www.bdtd.ufrr.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=121
Resumo: O presente estudo procurou analisar o discurso dos professores de língua portuguesa do município de Bonfim, na divisa entre o Brasil e a Guiana, para verificar como esses profissionais lidam com o bilinguismo de seus alunos em suas práticas docentes. Esta pesquisa qualitativa de cunho etnográfico procurou entender como numa região onde há prevalência de grande diversidade linguística e cultural perpassam as questões referentes a pluralidade linguística ali existente, e saber como está arraigado nas práticas discursivas dos professores a ideia de hegemonia cultural, currículo monocultural e monolinguístico. Para responder essa problemática, empregou-se, como aporte teórico e metodológico, a Análise do Discurso, por ser a construção de um outro olhar sobre as práticas linguageiras e o redimensionamento do objeto de análise: o discurso de professores. Procurou-se compreender os processos discursivos sobre as práticas educacionais desses docentes buscando analisar sua formação discursiva, social e ideológica dentro de um contexto de fronteira. Esses profissionais atuam em uma realidade bilíngue na qual a maioria de seus alunos são oriundos de Lethem ou de comunidades indígenas, sendo estes falantes do inglês ou de uma língua indígena Wapixana e/ou Macuxi, além do português. Como resultado deste estudo, verificou-se que nesse ambiente, o professor se diz não preparado para lidar com tal realidade, pois não há programas educacionais no município que valorizem essa diversidade linguística e tampouco ele se diz preparado para atuar nesse contexto em decorrência das instituições superiores não lhe prepararem adequadamente para lidar com tal situação.