Pintar para não esquecer: as narrativas visuais e orais de Carmézia Emiliano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Roseli Anater lattes
Orientador(a): Roberto Carlos de Andrade lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Roraima
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: http://www.bdtd.ufrr.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=189
Resumo: Este trabalho tem por objetivo realizar, por meio das obras e da trajetória de vida da artista plástica Carmézia Emiliano, um estudo e análise dos elementos identitários e culturais que compõem sua vida e seu trabalho, bem como investigar suas memórias, que são o referencial para a composição de sua obra. A artista é um exemplo de transição, de transculturação por migração, uma vez que, ao deixar sua comunidade indígena para vir para a cidade de Boa Vista, e sucessivamente conquistar o Brasil com suas obras de arte, adquire um olhar mais fecundo sobre a cultura de sua gente. Com base nas obras de Carmézia que participaram das quatro últimas Bienais de Arte Naïf do Brasil, este trabalho analisa a transição da artista do rural para o urbano, tendo como referencial teórico estudos de autores como García Canclini, Hall, Woodward e Bauman. Carmézia traz consigo a memória do seu cotidiano na maloca: a relação com os indígenas e a natureza, as lendas e mitos, as cenas de caça e pesca, o plantio, as colheitas e as festas. Essa memória impregnada em seu ser é o que constitui o cerne da inspiração de suas obras. Por essa razão, entender como se dá o processo de pintar lançando mão de autores como Halbwachs, Bosi, Burke, Davallon e Pêcheux, é de fundamental importância. Este trabalho consiste em uma pesquisa qualitativa que envolve um estudo de caso. As obras de Carmézia e sua história de vida, relatada por meio de entrevistas, diálogos informais, contatos diversos e analisada à luz dos teóricos citados, permitem apresentar um panorama do que é a vida e a arte dessa roraimense da etnia Macuxi.