Saúde e saneamento ambiental em um aglomerado subnormal na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ana Carla Nunes Marques lattes
Orientador(a): Ricardo Alves da Fonseca lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Roraima
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PROCISA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: http://www.bdtd.ufrr.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=207
Resumo: O saneamento ambiental é um dos mais efetivos meios para a promoção da saúde, mas nem toda população brasileira tem acesso a esse serviço, sendo excluídos principalmente os mais pobres. A problemática do saneamento e saúde torna-se mais visível em aglomerados subnormais, onde existe um maior número de pessoas expostas a riscos, devido ao não acesso à infraestrutura urbana básica. Esta pesquisa exploratória de caráter descritivo foi delineada a partir do levantamento de dados, objetivando conhecer as condições de saneamento ambiental e de saúde dos moradores do Conjunto Cidadão, localizado no Bairro Senador Hélio Campos em Boa Vista-RR. A coleta de dados foi realizada através de um questionário semiestruturado aplicado durante entrevista e da observação não participativa com registro fotográfico. Os dados levantados mostram que a população da área estudada sofre impactos na saúde relacionados ao saneamento ambiental inadequado, constatados pela alta incidência de doenças como diarreia (48/100), parasitoses (32/100), hepatite A (3/100), doenças de pele (43/100), dengue (19/100), malária (5/100), infecções respiratórias (28/100) e infecções nos olhos (17/100). Em relação ao saneamento, a maioria dos entrevistados não tem o lixo coletado (83%), 100% dos entrevistados não são ligados à rede geral de esgoto sanitário, 95% não são atendidos pelo serviço de limpeza de ruas e terrenos, 83% não são contemplados com serviços de drenagem urbana e 84% dos moradores têm seu domicílio abastecido com água de poço público. Quanto à percepção dos entrevistados sobre os riscos relacionados ao saneamento ambiental inadequado, 97% afirmam ter conhecimento dos riscos aos quais estão expostos. Nessa perspectiva, os problemas de saúde devem ser compreendidos em um amplo contexto social e ambiental e espera-se que as informações levantadas possam auxiliar nas ações de prevenção e controle de agravos à saúde relacionados ao saneamento ambiental inadequado.