Viver entre dois mundos: uma análise das práticas dsicursivas das mulheres indígenas da cidade de Boa Vista-RR sobre o direito de ser índia urbana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Leila Maria Camargo lattes
Orientador(a): Maria do Socorro Beltrão Macieira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Roraima
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: http://www.bdtd.ufrr.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=127
Resumo: Este trabalho trata de um estudo das práticas discursivas das mulheres indígenas pertencentes à Organização dos Índios na Cidade de Boa Vista Roraima (ODIC). Busca-se analisar o modo de produção de sentidos que se referem à questão das identidades de grupos indígenas, especialmente aqueles vivendo em cidades amazônicas e regiões de fronteiras, como é o caso dos índios urbanos de Boa Vista. Tratou-se de examinar a questão a partir das mudanças e dos efeitos da globalização, que reposicionaram determinados sujeitos no discurso os quais hoje procuram transformar-se em sujeitos de direitos e da própria história. Utilizou-se como aporte teórico o viés analítico da Análise Crítica do Discurso, com base na Teoria Social do Discurso de Fairclough, na busca de compreender os processos discursivos sobre identidade indígena na cidade, com base nos enunciados de mulheres indígenas, que estão presentes no movimento em luta por seu espaço de direitos no meio urbano. Nele tratou-se de examinar o sentido destes discursos dentro das transformações provocadas pela globalização, que colocou também as identidades sociais e culturais dentro de uma perspectiva de fluxos, movimentos e trânsito por um lado e, por outro, com a onda da democratização que retirou determinadas desigualdades e assimetrias de direitos, obrigações e prestígios linguísticos de grupos e pessoas, vem permitindo que grupos e minorias antes assujeitadas em formações discursivas hegemônicas, se apropriem do discurso e empreendam lutas de projetos identitários, reconstruindo-se a partir das práticas discursivas.