Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Costa, Tiago Viana da
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Orientador(a): |
Oshiro, Lidia Miyako Yoshii
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Banca de defesa: |
Sakabe, Roberson,
Santos, Alejandra Fillipo Gonzalez Neves dos,
Mello, Marco Roberto Bourg de Mello,
Oliveira, Gesilene Mendonça de |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
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Departamento: |
Instituto de Zootecnia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10281
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Resumo: |
Macrobrachium acanthurus ocorre em todo continente americano, ocupa rios de água doce e se reproduz próximo à foz, em virtude da dependência da salinidade para reprodução. É uma espécie apreciada pelas populações tradicionais, que através de práticas extrativistas o capturam em suas diversas fases do desenvolvimento. Este camarão apresenta dimorfismo sexual, sendo os machos geralmente maiores que as fêmeas. Os espermatozoides desta espécie são produzidos nos testículos e recebem substâncias nutritivas ao longo do vaso deferente, até serem empacotados em um espermatóforo, que pode ser extraído diretamente da ampola terminal. O processo de criopreservação de espécies nativas, seja para resguardar o patrimônio genético ou induzir a uma maior produção animal pelo processo de inseminação artificial, têm sido utilizado em diversos organismos aquáticos. Em camarões, no entanto, esta biotecnologia não tem sido empregada com sucesso, sendo a maioria delas aplicadas a espécies marinhas. Desta forma, este trabalho teve como objetivo iniciar os estudos com esta espécie nativa e ao contrário de outras pesquisas, não desenvolver um protocolo de congelamento, mas viabilizar práticas para que se alcancem num futuro o sucesso obtido em outros organismos de cultivo. Para tanto foram desenvolvidos três estudos, sendo o primeiro a identificação da melhor voltagem (6,0 Volts), que possibilitou a extração do espermatóforo, sem causar danos ao material seminal e ao animal, bem como o tamanho (18,0 mm de comprimento de cefalotórax) e peso (5,0 g de peso vivo) para contribuição máxima de produção espermática. O segundo estudo foi à determinação de uma dieta, que estimulasse maior produção espermática, sem comprometer a qualidade do espermatóforo para a criopreservação. Para as dietas testadas, um mix entre o alimento fresco, composto por músculo de pescado e lula, e um alimento seco, totalizando 30% de proteína bruta, foi o recomendado, justificado pelo baixo impacto proporcionado na constituição do espermatóforo, entretanto necessitando de mais pesquisas futuras. O terceiro experimento foi dividido em três partes, sendo realizado um teste de toxicidade, onde o metanol 10% e o glicerol 10 e 20%, em um tempo de equilíbrio de 10 minutos apresentaram-se como os menos tóxicos ao material seminal. Na segunda parte foram utilizados quatro curvas de congelamento; duas foram realizadas com equipamento comercial (automatizado) e outras duas em sistema convencional de congelamento, obtendo-se o melhor resultado (21,83% de sobrevivência) no sistema convencional, com o uso de glicerol 10%. Em todos os dois sistemas houve 100% de mortalidade, quando o metanol 10% foi utilizado como crioprotetor. A terceira parte foi composta de um simples teste de sobrevivência espermática em água destilada por 10 dias, estando o material armazenado em refrigerador a 5°C. Os resultados apontaram que por até três dias os espermatozoides se mantém viáveis e podem ser utilizados num processo de fecundação. |