Avaliação da técnica de anestesia local por tumescência comparada com infusão contínua de fentanil em gatas submetidas à mastectomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moreira, Clarissa Martins do Rio lattes
Orientador(a): Souza, Heloisa Justen Moreira de lattes
Banca de defesa: Souza, Heloisa Justen Moreira de, Marinho, Bruno Guimarães, Fernandes, Julio Israel, Santos, Paulo Sérgio Patto dos, Beier, Suzane Lilian
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10151
Resumo: O presente estudo visou avaliar a técnica de tumescência com lidocaína para mastectomia em gatas e compará-la com infusão contínua de fentanil intravenoso. Foram selecionadas 20 gatas com tumores mamários, sem restrição de peso e idade, para o procedimento de mastectomia unilateral radical. Todos os animais foram aclimatados por 30 minutos e, em seguida, submetidos a um exame físico para os registros dos valores basais através da aferição da frequência cardíaca (FC), respiratória (f), e temperatura retal. Na sequência, o animal foi transferido ao centro cirúrgico, e, após a tricotomia do membro torácico esquerdo, foi realizada a venóclise para a fluidoterapia com solução de ringer com lactato na taxa de 3 mL.kg-1.h-1. Imediatamente depois, foi realizada a indução anestésica com propofol (5 mg.kg-1) pela via intravenosa (IV) e, em seguida, a intubação orotraqueal e manutenção anestésica com isoflurano. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos de 10 animais. O estudo foi aleatório e encoberto, composto por três anestesistas, e somente o primeiro anestesista possuía conhecimento da técnica analgésica instituída. O grupo tumescência (GT) recebeu 15 mL.kg-1 de solução tumescente de lidocaína a 0,32% infiltrada no tecido subcutâneo. No grupo fentanil (GF) os animais receberam um bolus inicial de cloridrato de fentanil na dose de 2.5 µg.kg-1 diluídos em 3 mL no tempo fixo de 2 minutos, por via intravenosa e, logo em seguida, foram mantidos em infusão contínua na taxa de 10 μg.kg-1.h-1. As variáveis fisiológicas [frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (f), pressão arterial sistólica (PAS), temperatura retal, oximetria de pulso (SpO2), capnografia (EtCO2)] e gases anestésicos expirados foram avaliados durante todo o procedimento. Após o término do procedimento cirúrgico, os animais tiveram seus escores de dor avaliados em intervalos de uma hora através da escala de dor multidimensional, proposta pela UNESP-Botucatu, até o momento de resgate analgésico. O resgate analgésico foi feito com 0,2 mg.kg-1 de cloridrato de metadona (IM) associado ao meloxicam na dose de 0,15 mg.kg-1 pela via subcutânea (SC). O tempo médio de resgate analgésico foi de 4 horas no GT e de 1,5 hora no GF. Conclui-se que, quando comparadas, as duas técnicas analgésicas se mostraram igualmente eficazes para diminuir o requerimento de anestésico inalatório e promover analgesia no momento trans-operatório. Entretanto, a técnica de tumescência com lidocaína a 0,32% apresentou analgesia pós-operatória mais prolongada. Adicionalmente, a tumescência por promover o efeito de hidrodivulsão facilitou a exérese da cadeia mamária e diminuiu o sangramento trans-operatório, não interferindo na cicatrização cirúrgica.