Inoculação de feijão-mungo (Vigna radiata (L.) Wilczek) com estirpes comerciais de Bradyrhizobium: avaliação da produtividade no município de Campos dos Goytacazes - RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Dieini Melissa Teles dos lattes
Orientador(a): Xavier, Gustavo Ribeiro lattes
Banca de defesa: Rumjanek, Norma Gouvêa, Caballero, Segundo Sacramento Urquiaga, Araújo, Adelson Paulo de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10696
Resumo: O feijão-mungo (Vigna radiata (L.) Wilczek) é parte da base alimentar de vários países tropicais e subtropicais em virtude do seu valor proteico, configurando-se como uma alternativa para a diversificação de leguminosas produtoras de grãos no Brasil. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da inoculação de sementes de feijão-mungo com estirpes do grupo rizóbio registradas para feijão-caupi (V. unguiculata (L.) Walp), soja (Glycine max L.) e feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) na produtividade de grãos. Previamente foi instalado um ensaio sob condições axênicas em casa de vegetação na Embrapa Agrobiologia, Seropédica-RJ, para seleção de estirpes eficientes para o feijão-mungo, com doze tratamentos (4 estirpes de feijão-caupi, 4 de soja, 3 de feijão comum e um controle absoluto). As variáveis analisadas foram: número de nódulos (NN), massas secas acumuladas de nódulos (MSN), raiz (MSR) e parte aérea (MSPA). Três estirpes de feijão-caupi (BR 3301, BR 3302 e BR 3267) e uma estirpe de soja (BR 96) foram capazes de formar nódulos no feijão-mungo e promover a fixação biológica de nitrogênio (FBN). Foi realizado um ensaio sob condições axênicas com níveis crescentes de N solúvel, visando à determinação da dose ótima para ser aplicada em condições de campo como controle nitrogenado. A partir dos resultados obtidos para as variáveis analisadas (MSR e MSPA) estimou-se a dose ótima de 240 kg N ha-1. Foi instalado no campo experimental da UFRRJ, Campos dos Goytacazes-RJ, um ensaio com seis tratamentos (4 estirpes selecionadas e controles absoluto e nitrogenado) e quatro repetições. As variáveis analisadas foram: NN, MSN, MSR, MSPA, teor de N na parte aérea e N total acumulado na parte aérea e o rendimento de grãos. Foram também avaliadas as variáveis associadas à FBN a partir da técnica de abundância natural de 15N: teor de N derivado da FBN, N acumulado derivado da FBN, N acumulado derivado do solo e a eficiência nodular. Nas plantas do controle absoluto, a comunidade bacteriana indígena do solo foi capaz de prover cerca de 18,5 kg N ha-1 derivado da FBN, correspondendo aproximadamente a 40% do N total. Ao calcular a partição da MSPA, aos 44 dias após emergência, proporcional ao N derivado da FBN e ao N derivado do solo, obtém-se que as plantas inoculadas com a estirpe BR 3302 apresentaram cerca de 50% a mais de MSPA correspondente ao N derivado do solo em comparação às plantas do controle absoluto o que refletiu no rendimento de grãos. A produtividade do feijão-mungo inoculado com a estirpe BR 3302 foi cerca de 18% superior ao controle absoluto e não diferiu do tratamento que recebeu 240 kg N ha-1. No entanto, como a contribuição da FBN pela estirpe BR 3302 foi semelhante ao controle absoluto, o incremento na produção de grãos resultou principalmente do aproveitamento do N do solo, sugerindo que essa estirpe apresenta outras características de promoção de crescimento vegetal, além da FBN.