Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Monken, Francine França
 |
Orientador(a): |
Chaves, Douglas Siqueira de Almeida |
Banca de defesa: |
Chaves, Douglas Siqueira de Almeida,
Salles, Cristiane Martins Cardoso de,
Oliveira, Daniela Barros de |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Química
|
Departamento: |
Instituto de Ciências Exatas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14649
|
Resumo: |
O presente estudo buscou determinar a composição química das secreções brutas expelidas por duas espécies de Aparasphenodon, a partir do isolamento, purificação e identificação estrutural destes compostos. Para tal, indivíduos de A.brunoi (n=5) e A.arapapa (n=3) foram coletados na Ilha da Marambaia, Mangaratiba (RJ) e no município de Ilhéus (BA), respectivamente. As secreções foram obtidas por estímulo elétrico suave e mostraram-se translucidas e pouco viscosas, com rendimento aproximado de 4 mg de amostra/indivíduo. Para cada espécie, foi realizada cromatografia em camada delgada; o reagente revelador ninidrina indicou presença de grupos amínicos após aparecimento da cor violeta. As amostras foram então submetidas à cromatografia liquida de alta eficiência analítica, sendo detectados dois picos majoritários com mesmo tempo de retenção (0,88 e 1,44 min) em ambas as análises, indicando assim a presença de compostos semelhantes nas duas espécies. Da mesma forma, a purificação das amostras realizada por cromatografia liquida de alta eficiência semi-preparativa apresentou o mesmo número de frações para ambas as espécies. A determinação estrutural foi determinada por LC-MS/MS apenas para A. brunoi e revelou alta incidência de colágeno e outras proteínas não caracterizadas. Os ensaios biológicos foram realizados nas concentrações de 1 µg.mL-1 e 10 µg.mL-1 para ambas as espécies. O ensaio de viabilidade celular não apresentou redução da sobrevivência das leveduras, assim como a dosagem de peroxidação lipídica não mostrou reação com malonaldeído, em todos os casos testados. Por outro lado, o ensaio de dano mitocondrial revelou toxicidade na concentração de 10 µg.mL-1, reduzindo de forma discreta a viabilidade celular, em ambas as amostras. Concluímos então que as duas espécies possuem proteínas como seu principal componente e, a nível celular, não são nocivas em 1 µg.mL-1, mas podem promover danos quando em 10 µg.mL-1. Além disso, como os perfis revelados para ambos os extratos, tanto nos ensaios químicos como nos biológicos, foram muito próximos, a existência de um padrão na composição química das secreções cutâneas em anfíbios de um mesmo gênero pode ser reforçada, ainda que as espécies se encontrem em condições ambientais distintas. |