Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Paula, Alexsandro Soares de
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Orientador(a): |
Campos, Marília Lopes de
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Banca de defesa: |
Fonseca, Lana Claudia de Souza,
Santos, Rafael |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12163
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Resumo: |
Apresento neste trabalho meu percurso formativo, minha trajetória de vida, as experiências de educação popular e organicidade em rede que vivenciei no Assentamento Cachoeira Grande em Piabetá-RJ, enfocando as atividades da RECID-RJ durante o período de 2007 a 2010. Saliento que a educação popular não tem uma metodologia pronta, uma cartilha a ser seguida, partindo dos conhecimentos experienciados pelos sujeitos em seus contextos de vida. Buscouse experimentar a identificação dos componentes da cultura e a produção cultural dos próprios segmentos populares; promover participação efetiva do educador como agente mediador do processo de transformação do sujeito popular em agente político; o empoderamento dos meios e canais dos conhecimentos/saberes populares; a construção de práticas e processos pedagógicos dialógicos entre educadores/educandos partindo das características dos sujeitos coletivos e individuais, destacando que compreendemos por “rede” uma articulação, um conjunto de várias organizações parceiras que possuem o mesmo objetivo. A relação se dá de forma horizontal, dialética nas decisões, relações e partilha das informações. O Núcleo trabalha identificando, inicialmente, o “tema gerador” que é o ponto de partida para a problematização e para a construção de conteúdos programáticos a partir de situação concreta diagnosticada pelo grupo, momento em que se define por onde o diálogo começará. Não se trata de improviso ou de espontaneísmo, mas sim de construir o conteúdo programático a partir de temas significativos para os sujeitos educandos em seus diversos contextos de vida cotidiana. Este levantamento inicial dá origem ao planejamento da sequência de oficinas que faz sentido para cada grupo. A oficina é o momento (espaço/tempo) de formação que envolve: (1) confraternização e acolhimento; (2) problematização; (3) aprofundamento teórico; e (4) encaminhamentos (tirada de tarefas e de ações práticas). Tal metodologia proposta pauta-se na ideia de que toda atividade formativa deve originar uma ação concreta de intervenção. Na atividade de educador popular pela RECID, através de oficinas com os núcleos de agricultores (as), jovens, crianças e mulheres, além de uma riquíssima oportunidade de vivência e aprendizado de minha parte, visto que o substancial deste trabalho e a forma pela qual me vi nesse processo de auto-formação. Pôde-se produzir um rico material de pesquisa e análise, de sistematização dos registros escritos e audiovisuais, bem como da discussão de como educadores, militantes sociais e agricultores ressignificam formas de sociabilidade, de conhecimentos, de partilha de informações e de poder em processos de formação numa perspectiva emancipatória. |