O IFRJ, em São Gonçalo, e a educação das relações étnico-raciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bonifácio, Cristiane Saraiva lattes
Orientador(a): Siss, Ahyas lattes
Banca de defesa: Siss, Ahyas lattes, Oliveira, Otair Fernandes de lattes, Nascimento, Alexandre do
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13249
Resumo: As modificações ocorridas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN, a partir da promulgação de Leis como a 10.639/2003 e a 11.645/2008, trouxeram a esperança de um novo cenário no que diz respeito ao campo da Educação das Relações Étnico-Raciais, ERER’s, no Brasil. No entanto, depois de quase duas décadas de existência desse primeiro dispositivo legal e uma década do segundo, respectivamente, considerando-se os anos de 2003 e 2008, poucas mudanças são observadas no que tange a presença do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena nos currículos das licenciaturas. Assim, pesquisas voltadas para os cursos de formação continuada de professores se tornaram essenciais, dentre outras possibilidades, para que fosse possível evidenciar as contribuições, ou não, das especializações, por exemplo, para fazer valer o que foi proposto pelas leis em questão. Portanto, investigar, por meio de um estudo de caso, o engajamento de instituições em relação à oferta de cursos voltados para a ERER’s, na formação continuada, tem se convertido em um diferencial para que seja possível identificar os principais motivos pelos quais as transformações almejadas no início deste século, na esfera educacional, no que se refere à ERER’s, ainda não atingiram os níveis esperados quanto à inserção da temática nas ementas dos cursos, uma vez que esses estabelecimentos de ensino, sejam públicos ou privados, demonstram possuir grande potencial para atender à demanda de profissionais do magistério que a formação inicial não contemplou o multiculturalismo e a diversidade. Dessa forma, a pesquisa em questão está direcionada a um curso de pós-graduação lato sensu, ofertado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, o IFRJ, localizado na cidade de São Gonçalo, região metropolitana do estado. E embora a investigação tenha sido concebida sob uma abordagem qualitativa, esta foi complementada por dados quantitativos, cujo referencial teórico foi construído a partir da publicação de pesquisadores como Bourdieu (1970, 1989 e 1998), Munanga (2010), Hasenbalg (1979), Siss (2003), Fanon (1979), Gomes (2005), Adorno (2010), Crochík (2006), dentre outros. Em relação ao procedimento metodológico, foram aplicadas entrevistas, na modalidade presencial e à distância, utilizando-se questionários semiestruturados direcionados a três docentes do curso, sendo estes do sexo masculino, além de duas egressas do IFRJ, os quais são moradores de lugares distintos do Rio de Janeiro. O material coletado, durante a etapa de campo, foi examinado com base em elementos da análise do discurso, presentes nas pesquisas de Orlandi (1999) e Iñiguez (2004), além de outros autores presentes no suporte teórico essencial à pesquisa. A dissertação foi concluída com um total de 129 páginas e ao final da investigação, demonstrou-se, por meio desse estudo de caso, que, apesar de existirem inúmeros fatores que se constituem em entraves à oferta de cursos destinados à ERER’s, há grandes possibilidades de mudanças no cenário educacional no que tangem aos modelos etnocêntricos de ensino, presentes na etapa inicial da formação docente, os quais podem ser ressignificados na formação continuada