Contribuições ao estudo bioquímico molecular e epidemiológico de Xanthomonas campestris pv. viticola e implicações no patossistema do cancro bacteriano da videira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Tostes, Guilherme de Oliveira lattes
Orientador(a): Araújo, João Sebastião de Paula lattes
Banca de defesa: Barbosa, Maria Angélica Guimarães, Vasconcellos, Marco Antonio
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13663
Resumo: A videira (Vitis spp.) possui importância histórica, pois sempre esteve presente no cotidiano das civilizações. Por muito tempo foi considerada de clima temperado, mas hoje é cultivada nas mais variadas regiões e apresenta notória importância econômica. No Brasil, a viticultura é praticada desde o sul até o nordeste, sendo o último representado principalmente pelo Vale do Submédio do São Francisco devido às condições climáticas desta região associada ao manejo agronômico, tornou-se excelente região produtora de uva e, a cada dia, destaca-se no cenário mundial pelos altos rendimentos e qualidade da uva produzida. Todavia a intensificação do cultivo de videira e principalmente o plantio de variedades suscetíveis na região propiciou o surgimento de problemas fitossanitários, dos quais se destaca o Cancro Bacteriano da Videira cujo agente etiológico é a bactéria Xanthomonas campestris pv. viticola (Xcvi). O primeiro relato desta fitomoléstia no Brasil ocorreu em março de 1998 na região semiárida nordestina e após quatorze anos a introdução do cancro no país, a bacteriose já foi relatada em diferentes estados brasileiros, evidenciando seu potencial disseminativo e devido á isso é classificada como praga quarentenária presente pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Alguns estudos já foram realizados a cerca desse patógeno e de seu patossistema, bem como possíveis métodos de controle, porém, até o presente momento a taxonomia de Xcvi é indefinida, e não há registros de defensivos agrícolas específicos para o controle químico deste patógeno. Diante disso este trabalho teve por objetivo contribuir nos estudos de sua identificação e na compreensão das interações patógeno-hospedeiro, bem com avaliar in vitro os efeitos de agroquímicos sob estirpes de Xcvi isoladas em diferentes anos na meso região onde ocorreram os primeiros relatos desta doença. Para tal, foram realizadas coletas de material vegetal in situ, isolamentos e caracterização das estirpes utilizadas. O estudo resultou no primeiro depósito de sequências de 16S rDNA Xcvi no Nacional Center for Biotechnology Information (NCBI) e identificou de forma pioneira a presença de Xcvi em sementes de bagas assintomáticas de videira sendo esse mais um nicho de sobrevivência do patógeno. Paralelamente, os ensaios in vitro indicaram o aparecimento de estirpes resistentes aos principais bactericidas empregados no manejo do cancro bacteriano da videira, o que pode indicar um processo de co-evolução.