Atividades físicas, socioculturais e educacionais e níveis de depressão e de disfunção cognitiva em idosos ativos física e socialmente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Schustoff, Suely de Oliveira lattes
Orientador(a): Santos, José Henrique dos lattes
Banca de defesa: Souza, Marcos Aguiar de, Dantas, Estélio Henrique Martin
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13237
Resumo: Um dos grandes temas que tem merecido discussão na contemporaneidade é o envelhecimento humano. Inúmeras pesquisas vêm sendo realizadas nesta área, objetivando diminuir as perdas consequentes deste processo e transformar as vidas cada vez mais longas, harmoniosas e saudáveis. Existe, atualmente, uma proliferação de espaços de convivências para idosos, ou os chamados “grupos de terceira idade”, que se presentificam em universidades públicas e privadas, em centros de saúde, em órgãos privados como o SESC, em espaços culturais e religiosos. Com o envelhecimento o indivíduo depara-se com um conjunto de mudanças biológicas, psicológicas e sociais. A depressão e o déficit das funções cognitivas estão entre os principais problemas de saúde mental na terceira idade. O envelhecimento saudável é determinado pela manutenção de certo nível de estabilidade nas funções biopsicossociais. As atividades físicas, socioculturais e educativas para idosos encontram-se na perspectiva da educação permanente. O objetivo da pesquisa foi investigar em que medida a prática de atividades físicas, socioculturais e educacionais informais influenciam os perfis de depressão e declínio das funções cognitivas verificados em idosos. A pesquisa se desenvolveu sob a perspectiva quali-quantitativa. A amostra foi constituída de 74 idosos, de ambos os sexos, participantes de instituições de gestão do envelhecimento (GUATI), domiciliados (GDOMI) e oriundos de instituições de longa permanência (GILPI). Os instrumentos utilizados foram a Escala de depressão geriátrica (GDS) reduzida e o Miniexame do estado mental (MEEM). Os resultados mostram que o GUATI e GDOMI apresentam índices significativamente menores de déficit cognitivo que o GILPI. Relativamente aos índices de depressão geriátrica as diferenças foram significativas apenas entre o GUATI e o GDOMI, com resultados mais positivos de estado mental no GUATI. As variáveis demográficas significativamente associadas aos escores de MEEM foram a idade e a escolaridade. A idade se correlacionou direta e positivamente com o déficit cognitivo, enquanto a escolaridade apareceu inversamente associada com os estados de déficit cognitivo. O nível de escolaridade foi inversamente relacionado com estados críticos de depressão. Mediante o teste quiquadrado verificou-se a associação significativa entre a prática de atividade física e escolaridade com as categorias de déficit cognitivo. Entretanto não se verificou nenhuma associação entre variáveis demográficas e psicosocioeducacionais com os escores de EDG. A pesquisa ratificou a literatura no que diz respeito aos fatores associados ao bem estar dos idosos, com relevo para a escolaridade e prática de atividade física em relação às funções cognitivas dos idosos.