Pó de malte na dieta de ovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Moura, Elizabeth dos Santos lattes
Orientador(a): Morenz, Mirton José Frota lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14882
Resumo: Objetivou-se determinar a composição químico-bromatológica e as frações de carboidratos e compostos nitrogenados de dietas contendo pó de malte, e avaliar o consumo, a digestibilidade e os parâmetros de fermentação ruminal em ovinos alimentados com dietas contendo diferentes níveis de substituição de feno de coastcross pelo pó de malte. Os tratamentos consistiram nos níveis 0; 5; 10; 15 e 20% (base da MS) de inclusão do pó de malte em substituição ao feno de coastcross. As dietas foram formuladas de modo a serem isoproteicas, respeitando-se relação volumoso: concentrado de 70:30, tendo como volumoso o feno de coastcross (Cynodon dactylon spp). Foram utilizados cinco borregos mestiços (SRD x Santa Inês) com peso inicial médio de 17,8±2,6 Kg, distribuídos em quadrado latino 5 x 5. Cada período de avaliação teve duração de 14 dias, sendo os sete primeiros de adaptação às dietas. As coletas de amostras de alimentos (oferecido e sobra) e de fezes foram realizadas do 8o ao 13o dia de cada período de avaliação. O líquido ruminal dos animais foi coletado no 14º dia de cada período experimental. As análises químico-bromatológicas compreenderam a determinação dos teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE) matéria mineral (MM), fibra em detergente neutro (FDN), e lignina (LIG) e cálculos dos teores de nutrientes digestíveis totais (NDT) e energia líquida de mantença (ELm). Os compostos nitrogenados foram fracionados em: fração A, B1+B2, B3 e C. Os carboidratos foram divididos em: carboidratos não fibrosos (A+B1), fração B2 e fração C. Os resultados foram interpretados utilizando-se estatística descritiva, com base nas médias e coeficientes de variação, das amostras obtidas em cada período. O pó de malte apresentou teores de 47,8% de CNF e fração B2 50,0% e com baixo teor de fração C (2,2%). O pó de malte se destaca por apresentar em suas frações nitrogenadas maiores proporções de frações de rápida e média degradação 47,2% fração A e 37% na PB para fração B1+B2. Para todas as dietas houve predominância da fração B2 dos carboidratos e da fração B1+B2 dos compostos nitrogenados em relação às demais. Não houve diferença (p>0,05) para consumo diário de MS, MO, PB, EE e carboidratos totais (CT), NDT e ELm preditos e observados, coeficientes de digestibilidade dos nutrienets (MS, PB, MO, EE, FDN e CNF) e para as concentrações de pH e N-NH3. A análise de regressão demonstrou comportamento linear (p<0,05) positivo e negativo para os consumos de FDN e carboidratos não fibrosos, respectivamente. O pó de malte pode ser utilizado como substituto do volumoso em até 20% sem comprometer o consumo e a digestibilidade dos nutrientes.