Quilombos: identificando aspectos psicossociais na sociedade brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rodrigues, Tobias Henrique Gonçalves lattes
Orientador(a): Naiff, Luciene Alves Miguez lattes
Banca de defesa: Naiff, Luciene Alves Miguez, Nascimento, Ingrid Faria Gianordoli, Oliveira, Diana Ramos de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14441
Resumo: Considerando que os Quilombos são patrimônios materiais e imateriais brasileiros e que representam um símbolo vivo de resistência ao colonialismo e, atualmente, como resistência negra; Considerando ainda o cenário em que menos da metade das unidades da federação incluíram os quilombos como prioridade no calendário de vacinação da pandemia de Sars-CoV-2. O presente estudo propôs identificar representações sociais de quilombos em brasileiros, este se apresenta como um tema tão importante e relevante para a compreensão da identidade do povo brasileiro e das relações da sociedade com a população negra. Para tal pesquisa, usou-se a teoria das representações sociais de Serge Moscovici como marco teórico referencial. Tendo em vista que esta busca o entendimento das diferentes realidades do viver, e as distintas expressões do âmbito social. Utilizamos na coleta de dados uma perspectiva multi-métodos, possibilitando o conhecimento das características da representação social de quilombo e seus direitos, através da evocação livre, análise documental e analise de conteúdo. A pesquisa foi realizada com 130 pessoas feita através de uma amostragem por conveniência, possibilitando uma aproximação das características de tal representação. Os dados foram tratados pelo software Iramuteq e apontam que o núcleo central dessas representações ainda é carregado estereótipos, mostrando que a narrativa incorporada pelo colonialismo, atravessada pelo discurso de superioridade cultural ecoa por entre as representações sociais. Porém as periferias do núcleo apresentam a incidência de novas representações, o que se deu por meio de mais de 130 anos de lutas na tentativa para que o estado brasileiro incorporasse os quilombos em sua narrativa. Foi acrescentado a pesquisa uma breve discussão acerca dos direitos assegurados as comunidades quilombolas. A saber: o direito à terra e a prioridade no calendário de vacinação contra COVID-19. Levando a identificar um parecer favorável a tais direitos, mais ainda, uma forte expressão contrária atravessada pelo discurso de “igualdade” que desconsidera toda história e luta da população negra, para além de desconsiderar a importância dos quilombos para nação brasileira, Concluindo, é importante ressaltar o papel da psicologia social para compreender de forma mais apurada tais fenômenos, já que é no ambiente social, em especial, nas relações interpessoais que esses preconceitos se constroem criam consequências que afetam a qualidade de vida individual coletivas das comunidades Quilombolas.