Retratos de assentamentos: um estudo de caso em assentamentos rurais formados por migrantes na região do entorno do Distrito Federal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Oliveira, Marcelo Leles Romarco de lattes
Orientador(a): Lima, Eli de Fátima Napoleão de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9509
Resumo: Esta tese se baseia numa pesquisa realizada na região do entorno do DF no município de Padre Bernardo-GO, na região de Pé de Serra, entre os anos de 2004 a 2006, em quatro assentamentos rurais. Em linhas gerais, visa conhecer o cotidiano e as formas de sociabilidade nesses assentamentos rurais formados por famílias migrantes. Um dos caminhos escolhidos para entender o que foi proposto foi a observação e a análise do dia-dia nos assentamentos. Essa escolha permitiu compreender o sistema de relações que sustentam esse espaço, ou que nele se articulam as diversas formas de convivência. Durante o trabalho foi possível perceber que os assentados estão ligados a múltiplos universos sociais, como a casa, vizinhança, a circulação das pessoas no ônibus, parentes, Brasília, as relações de trabalho, igreja, grupo de mediadores, Estado, entre outros. Assim sendo, é possível afirmar que esses assentamentos estão em contínua relação com outros espaços. Isso porque, pelo fato da maioria dos assentados não serem da região e terem chegado ali com relações sociais pré-constituídas mesmo estando em outros universos sociais - os assentamentos -, essas relações ainda existem. De uma forma geral, os assentados, sobretudo aqueles que vivem e produzem nos assentamentos, reproduzem nesse espaço relações com a terra e trabalho bem próxima daquelas estabelecidas por Woortmann (1997), ao estudar os sítios no sertão. No entanto, a falta de experiência com as terras do cerrado, o desconhecimento técnico e a falta de infraestrutura e de acompanhamento da assistência técnica são apontados pelos assentados como os principais motivos dos baixos resultados na utilização dos créditos e da ausência de produção efetiva. E, por fim, é possível refletir que os assentamentos seja um ponto final relativo, uma vez que as experiências vivenciadas nos assentamentos podem servir de subsídios necessários para que as pessoas tornem a migrar, ou seja, é preciso aceitar que as pessoas podem sair do assentamento e que ali talvez não seja um ponto final para algumas famílias. Além disso, aquele assentado que vendeu a sua chácara ou utilizou os créditos para outra finalidade pode ter visto neste ato a possibilidade de um salto para outro degrau socioeconômico na estrutura social.