Diversidade morfológica e propagação in vitro de gérberas a partir de folha peciolada.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Couto, Tarcisio Rangel do lattes
Orientador(a): Araújo, João Sebastião de Paula lattes
Banca de defesa: Araujo, João Sebastião de Paula, Miranda, Ricardo Motta, Damasceno Júnior, Pedro Correa, Sousa, Cleiton Mateus, Carvalho, Virginia Silva
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9958
Resumo: A gérbera é uma das mais importantes flores de corte comercializadas no mundo, ocupando o quinto lugar entre as flores neste ranking. As cultivares modernas de gérbera apresentam grande variedade de cores e formas da flor em decorrência do melhoramento genético, que iniciou com o cruzamento de duas espécies sul-africanas, Gerbera jamesonii e Gerbera viridifolia, originando a Gerbera hybrida. A forma de propagação comercial mais utilizada para esta espécie é a micropropagação, pois produz grande quantidade de mudas de forma mais rápida que a natural. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a diversidade de genótipos de gérbera com base em descritores morfológicos; estabelecer um protocolo de micropropagação de genótipos de gérbera a partir de folha peciolada e otimizar a melhor relação do balanço hormonal auxina/citocinina para multiplicação de genótipos de gérbera. Para tanto foi feita avaliação da diversidade de 14 matrizes de gérberas com base em descritores morfológicos de folhas e flores. Foi realizado o protocolo de micropropagação dos genótipos, dispondo de dois experimentos. No primeiro foi desenvolvido um protocolo compreendendo todas as fases da micropropagação, posto que: no estabelecimento in vitro utilizou-se folhas com pecíolo como explante; na multiplicação foram testados diferentes concentrações de BAP (6-benzilaminopurina) e ANA (ácido naftaleno acético); no enraizamento in vitro foram testados diferentes níveis de ANA, concentrações de sacarose e meio de cultura MS, bem como analisado o enraizamento dos genótipos nos meios MS e B&G® e a aclimatização. Já no segundo experimento de micropropagação, foi otimizado o balanço hormonal auxina/citocinina dos genótipos por meio de diferentes concentrações de BAP e ANA. Diante dos resultados, observou-se a formação de quatro grupos de genótipos quando testada a distância Euclidiana e Mahalanobis para dados quantitativos, e sete grupos no algoritmo de Gower quando as características qualitativas e quantitativas foram analisadas conjuntamente. A análise de componentes principais identificou que o descritor quantitativo referente à largura da flor ligulada do raio externo o que menos contribuiu para a diversidade. Constatou-se diferenças entre os genótipos para o número de brotações produzidas no final da fase de multiplicação in vitro. No enraizamento foi verificado que o meio MS completo, suplementado com 30 g L-1 de sacarose e ausência de ANA, proporcionou a obtenção de mudas de maior tamanho e com melhor enraizamento. Também foi visto que o meio de cultura B&G® proporcionou melhores respostas para enraizamento e tamanho das mudas e, na fase de aclimatização, a taxa de sobrevivência dos genótipos foi alta. Por fim, a avaliação do balanço hormonal indicou a concentração ideal de BAP e ANA para cada genótipo de gérbera referente às variáveis número de brotos por explante e comprimento médio dos brotos. Neste contexto, foi possível estimar a diversidade morfológica da coleção de gérberas da UFRRJ e estabelecer um protocolo de micropropagação de genótipos de gérbera a partir de folha peciolada.