“Flores” entre “Espinhos de Idolatria” o oriente cristão, gênero e escrita no império português (Agostinho de Santa Maria, século XVIII)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Luciana Nogueira da lattes
Orientador(a): Gonçalves, Margareth de Almeida lattes
Banca de defesa: Faria, Patrícia Souza de lattes, Tavares, Célia Cristina da Silva lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11461
Resumo: O objetivo desta dissertação é analisar a escrita religiosa de frei Agostinho de Santa Maria acerca de relatos de vidas de mulheres orientais (japonesas e cochinchinenses) convertidas ao cristianismo católico durante missionação ocorrida no Japão e na Cochinchina entre meados finais do século XVI e primeira metade do XVII. A divulgação dessas vidas foi feita por parte do autor com a publicação de duas obras laudatórias da espiritualidade feminina as quais deu o nome de Rosas do Japam e Rosas do Japam e da Cochinchina. Para o autor, a importância em “dar notícias” dessas vidas se justificava na missão de proporcionar aos “tíbios cristãos do reino” os exemplos das devotas cristãs orientais, que nascidas entre os espinhos da “cega gentilidade” e “abominável idolatria” deram testemunho de fortaleza diante de tribulações, perseguições e martírios sofridos durante a perseguição e banimento do Cristianismo ocorrida em seus respectivos “reinos”. É nosso intuito analisar a metodologia aplicada pelo autor na confecção de tais obras, assim como identificar quais eram, para Santa Maria, as condutas sociais e religiosas tidas pelo autor como ideais ao comportamento cristão. Soma-se a essa questão a constatação de que os livros de Agostinho de Santa Maria, não apenas evidenciam as sensibilidades religiosas reforçadas pela Igreja contrarreformista, como também divulgam um modelo de vida virtuosa para as mulheres em sociedades marcadamente misóginas e por isso buscamos também compreender os discursos religiosos de virtude e moral vigente no Setecentos português e veiculados pelo autor como garantidores de uma vida cristã perfeita.