Controle da terra e das populações. A política de colonização da ditadura empresarial-militar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Brito, Ricardo José Braga Amaral de lattes
Orientador(a): Medeiros, Leonilde Servolo de lattes
Banca de defesa: Medeiros, Leonilde Servolo de lattes, Bruno, Regina Angela Landim lattes, Menezes, Thereza Cristina Cardoso lattes, Santos, Jose Vicente Tavares dos lattes, Lima, Antonio Carlos de Souza lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/17657
Resumo: A política de colonização tem sido continuamente reconfigurada na história brasileira enquanto mecanismo de intervenção estatal orientado para gestão do conflito, controle da terra e das populações e enquanto forma de tratamento da questão agrária, articulada com a formação e ampliação dos mercados de terra, trabalho e consumo. A colonização pode ser entendida, deste modo, enquanto elemento de longa duração na política brasileira, relacionada a um complexo tecno-empresarial-militar e à sua tradição positivista e autoritária de compreensão e intervenção do Estado nas margens sociais. A fim de captar o enquadramento interpretativo desta política e seu modo de realização, analiso o conjunto de intervenções e experiências de colonização no município de Cachoeiras de Macacu (RJ), apreendendo sua realização a partir da dinâmica conflitiva entre o complexo tecno-empresarial-militar, grupos camponeses diversos e suas associações e mediadores. Deste modo, é possível apreender a configuração social específica na qual a política de colonização foi acionada, sobretudo nos primeiros anos da ditadura empresarial-militar, suas causas, contradições e consequências, observando a persistência de sua lógica de atuação em formas contemporâneas de intervenção do Estado na questão agrária.