Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Margareth Alves Ribeiro Cardozo de
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Orientador(a): |
Mallet, Jacenir Reis dos Santos
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Banca de defesa: |
Pinheiro, Nadja Lima,
Gomes, Suzete Araújo Oliveira,
Almeida, Carlos Eduardo de,
Freitas, Simone Patrícia Carneiro de,
Menezes, Sílvia dos Santos |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9167
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Resumo: |
Nesta tese foram estudadas três espécies do “subcomplexo rubrovaria”: T. carcavalloi, T. circummaculata e T. rubrovaria que possuem hábitos silvestres, mas com potencialidades na transmissão da doença de Chagas. Estas espécies são encontradas com frequência em domicílios do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram feitas comparações entre as três espécies através da morfologia usando a técnica da microscopia ótica e eletrônica de varredura. Foram ilustradas as diferenças morfoestruturais dos adultos na região escutelar e apenas uma espécie apresentou a forma codiforme na depressão mediana, T. circummaculata. Já T. carcavalloi e T. rubrovaria apresentaram a forma de W. Foi também observada a concentração de sensilas nas superfícies do escutelo das três espécies. Nas análises da região cefálica, o sulco estridulatório é em forma de “U” em T. circummaculata e em forma de "V" em T. carcavalloi e T. rubrovaria, as búculas de T. carcavalloi e T. rubrovaria apresentaram a forma de “U” e T. circummaculata de “V”. Já o rostro de T. carcavalloi, T. circummaculata e T. rubrovaria apresentaram duas fendas laterais 1+1 no ápice. Foram analisadas e evidenciadas diferenças significativas no comprimento, largura e diâmetro do corpo e do opérculo dos ovos de T. rubrovaria, T. carcavalloi e T. circummaculata. Na análise morfológica das antenas de T. carcavalloi verificou a ocorrência tanto em machos quanto em fêmeas de mais de 14 tricobótrias, no terceiro e quarto artículos antenais. T. carcavalloi apresentou na cabeça 1+1 manchas pós-ocelares. Nos fêmures das patas de ambos os sexos foi encontrado um par de dentículos subapicais. As fossetas esponjosas foram encontradas somente nos machos, nas tíbias das patas anteriores e medianas. Os resultados morfológicos de T. carcavalloi evidenciaram que algumas estruturas são importantes para a caracterização específica, como: antenas, dentículos subapicais e fossetas esponjosas. Estudos morfológicos colocaram T. carcavalloi no “complexo infestans” e no “subcomplexo rubrovaria” assim como T. rubrovaria, enquanto T. circummaculata foi colocado no “complexo circummaculata". A filogenia do grupo composto de 16 espécies de triatomíneos foi reavaliado com a inclusão de T. carcavalloi por análise Bayesiana utilizando sequências de mtDNA de subunidades 12S e 16S do RNA ribossomal, e genes do citocromo oxidase I (COI). A relação fenotípica entre T. carcavalloi e triatomíneos afins também foi inferida a partir da morfometria. Resultados filogenéticos indicaram que T. carcavalloi é uma espécie irmã de T. rubrovaria, e ambos foram recolocados em estreita relação com T. circummaculata. Estudos morfométricos confirmaram a proximidade entre T. carcavalloi, T. rubrovaria e T. circummaculata, colocando a última espécie no “complexo infestans” e no “subcomplexo rubrovaria”. Em relação ao parâmetro biológico, o período médio de incubação dos ovos em T. carcavalloi foi de 22,7 dias. O maior número de ovos / fêmea / semana foi observado durante os meses mais quentes e os ovos que não eclodiram eram férteis. O primeiro dia de repasto sanguíneo foi de 3,13 dias após a eclosão, em média. O período de intermuda N1-N2 foi em média de 18,52 dias; N2-N3 foi 62,77 dias; N3-N4 foi 86,93 dias; N4-N5 foi 119,05 dias e N5-adulto foi 193,43 dias. A média geral de alimentações durante todo o desenvolvimento ninfal foi de 13,4. Os resultados logrados para resistência ao jejum indicaram que as ninfas de 3, 4 e 5 estágios apresentam maior resistência do que os adultos, e neste caso os machos foram menos resistente do que as fêmeas. A taxa de mortalidade mais alta foi registrada em N3 (22,2%). A sobrevivência média foi de 25,6 semanas para os adultos. O ciclo de vida total foi longo, com média de 503,4 dias. Este foi o primeiro relato sobre a biologia de T. carcavalloi alimentados com camundongos. Esse estudo possibilitou ampliar o conhecimento bionômico desta espécie, além de contribuir para melhor mantutenção de colônias e dessa forma entender a possível participação na transmissão do T. cruzi. |