Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Salgado, Lucero Sarabia
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Orientador(a): |
Alves, Bruno José Rodrigues |
Banca de defesa: |
Alves, Bruno José Rodrigues,
Araújo, Adelson Paulo de,
Caballero, Segundo Sacramento Urquiaga,
Sanchez, Francisco Javier Solorio,
Martins, Marcio Dos Reis |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9151
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Resumo: |
Na região sudeste do México a pecuária convencional é conduzida sob pastagem exclusiva de gramíneas, sendo as espécies mais comuns as nativas ou as africanas, com a produção de biomassa sendo limitada pela sazonalidade da chuva e baixa fertilidade do solo. Em sistemas de produção animal, a degradação da pastagem está frequentemente associada ao esgotamento de N do solo, sendo necessária a reposição do nutriente. Para o estabelecimento de pastagens mais produtivas nessas áreas, sistemas silvipastoris (SPS) têm sido recomendados, especialmente com uso de leguminosas arbóreas, porém são ainda pouco estudados acerca do impacto sobre o ciclo do nitrogênio. Assim, o objetivo deste trabalho foi quantificar as mudanças nos fluxos de N no sistema solo/planta/animal e nas emissões de gases de efeito estufa pela utilização de um SPS, formado com leguminosas (Leucaena leucocephala) e pasto de capim estrela (Cynodon nlemfuensis), tendo como referência a pastagem em monocultura de C. nlemfuensis (SM). A oferta de forragem foi quantificada nos dois sistemas assim como o teor de proteína bruta (PB). A fixação biológica de nitrogênio (FBN) para leucena foi quantificada utilizando-se a técnica da abundância natural de 15N. Durante o período experimental (casa sete dias), a massa seca de liteira existente foi quantificada por meio da coleta de três amostras por piquete. A constante de decomposição da liteira, ou de mineralização do N, também foi estimada. A produção fecal foi estimada com o uso do indicador de óxido de cromo, coletando-se as fezes por seis dias após período de adaptação. A produção de urina foi quantificada pela técnica de creatinina simultaneamente com a produção fecal. A quantificação das emissões de CH4 e N2O do solo foi feita após deposição das excretas bovinas dentro de uma área de pastagem de capim-estrela utilizando-se câmaras estáticas fechadas. As excretas utilizadas foram coletadas de animais mantidos na área de capim-estrela e de animais da área do sistema silvipastoril com leucena, e aplicados frescos nas parcelas para avaliar os fluxos de gases de efeito estufa (N2O e CH4). A produção média de leite para as duas épocas do ano foi semelhante nos dois sistemas, com 7,1 e 6,3 kg por UA (1 UA = 450 kg peso vivo) dia-1 para SM e SPS, respectivamente. O consumo médio de N pelos animais nas duas épocas foi de 171,9 e 215,7 g N por UA dia-1 para SM e SPS, respectivamente, destacando a importância da leguminosa no suprimento de proteína para os animais. O N depositado nos excrementos animais (138, 1 e 184,9 g N por UA dia-1 para SM e SPS, respectivamente) foi maior nas fezes do que na urina. Os fluxos de N2O mostraram-se maiores no SM, com picos de 1623, 9 e 755,9 ug N-N2O m-2 h-1 para SM e SPS, respectivamente, sendo originados do tratamento urina. Os maiores fatores de emissão direta (FE) de N2O foram observados na época de chuvas, quando a desnitrificação é favorecida, sendo de 0,05 e 0,01% para o tratamento de fezes, e 0,52 e 0,17% para o tratamento de urina, em SM e SPS, respectivamente. Concluiu-se que a presença da leguminosa em SPS permite manter a produção de leite observada no SM fertilizado com N, porém com menor intensidade de emissão de N2O, contribuindo para a sustentabilidade na produção pecuária. |