Representações Sociais em adolescentes privados de liberdade: o estigma de infrator e suas implicações psicossociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Marco Antonio de lattes
Orientador(a): Naiff, Luciene Alves Miguez
Banca de defesa: Naiff, Luciene Alves Miguez, Gonçalves, Sílvia Maria Melo, Uziel, Anna Paula
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14464
Resumo: Este estudo teve como objetivo investigar a existência de possíveis representações sociais acerca do termo infrator em adolescentes em conflito com a lei e apontar as suas implicações psicossociais. Tal abordagem surgiu a partir de uma longa experiência profissional no âmbito socioeducativo e de variadas inquietações sobre este cotidiano. Utilizamos a TRS (Teoria das Representações Sociais) de Serge Moscovici como referencial teórico principal, acompanhada da abordagem estrutural de Jean-Claud Abric, buscando identificar o núcleo central e periférico de tais representações sociais. Esta pesquisa foi de caráter qualitativo, sendo utilizados três instrumentos de coleta de dados: a Tarefa de Evocação Livre de Palavras a partir do termo indutor “Infrator”, na qual os participantes respondiam cinco palavras ou frases associadas a este termo; um questionário sociodemográfico composto de 14 perguntas, visando traçar um perfil da população investigada e três perguntas abertas, objetivando identificar a autopercepção do termo infrator em cada adolescente, se este termo afetava ou não a sua vida e de que forma e se eles recebiam um tratamento diferenciado devido a sua situação e quem faria isso. A pesquisa foi realizada no Educandário Santo Expedito (Unidade de internação do DEGASE), localizado em Bangu, na cidade do Rio de Janeiro, envolvendo 100 adolescentes, durante o mês de dezembro de 2017. Os resultados apontaram os termos Bandido, Preconceito, Tráfico e Roubo como prováveis elementos constitutivos do Núcleo Central e os termos Crime, Prisão, Morte, Homicídio, Drogas e Estupro como representantes das duas periferias.