Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Alvim, Rodrigo Garcia |
Orientador(a): |
Menezes, Elen de Lima Aguiar
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Banca de defesa: |
Racca Filho, Francisco,
Paula, Patrícia Diniz de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13539
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Resumo: |
Aleurocanthus woglumi Ashby, 1915 (Hemiptera: Sternorrhyncha: Aleyrodidae) é uma espécie exótica, tendo sido registrada pela primeira vez no Brasil em 2001 no estado do Pará. Porém já está amplamente disseminada no Brasil, mas ainda é considerada uma praga quarentenária A2. Ela tem grande preferência pelos citros, mas outras espécies botânicas já têm sido registradas como hospedeiras dessa praga no Brasil. A participação do Estado do Rio de Janeiro na produção de frutas cítricas no cenário brasileiro é pequena; todavia, ainda ocorrem políticas públicas de incentivo à produção de citros em novas regiões do Estado. Em setembro de 2010, houve a confirmação da ocorrência de A. woglumi no Estado, inicialmente no município de Cachoeiras de Macacu. Os citros por se tratar de uma das frutas com maior incentivo governamental e A. woglumi ser ainda uma praga quarentenária A2, estudos sobre essa praga tornaram-se premente. Nesse cenário, os objetivos deste trabalho foram determinar o avanço da disseminação de A. woglumi no estado do Rio de Janeiro a partir do município onde ela foi assinalada pela primeira vez, levantar novas espécies de plantas hospedeiras, assim como, identificar os seus agentes de controle biológico natural em dois pomares de lima ácida “Tahiti” (Citrus latifolia Tanaka, Rutaceae) no município de Cachoeiras de Macacu, RJ infestado pela praga, durante o período de agosto de 2012 a julho de 2013. Foram realizadas coletas de folhas de citros e de outras espécies plantas com presença de aleirodídeos em diferentes municípios com o auxílio dos técnicos da Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal do Estado do Rio de Janeiro (CDSV-RJ), os quais também auxiliaram na instalação de armadilhas adesivas para a captura de adultos desses insetos. Nos pomares amostrados em Cachoeira de Macacu, coletas de folhas de lima ácida “Tahiti” foram feitas para confirmar a espécie de aleirodídeo, e em se tratando de A. woglumi, coletar inimigos naturais associados a essa praga. A identificação dos aleirodídeos foi feita no Departamento de Entomologia e Fitopatologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Os resultados obtidos mostraram que A. woglumi já se encontra disseminada em 12 municípios do Estado: Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Niterói, Nova Iguaçu, Rio Bonito, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá. Três novas espécies de plantas hospedeiras de A. woglumi foram identificadas no Estado: Artocarpus heterophyllus Lam. (jaqueira, Moraceae), Pouteria caimito (abieiro, Sapotaceae) e Struthanthus flexicaulis (Mart. ex Schult. f.) Mart (erva de passarinho, Loranthaceae). Em Cachoeiras de Macacu, uma nova espécie de parasitóide de ninfas de A. woglumi foi assinalada: Encarsia pergandiella Howard, 1907 (Hymenoptera, Aphelinidae), enquanto que os insetos representantes da família Coccinellidae (Coleoptera) se destacaram como predadores. Do grupo dos entomopatógenos, foram encontrados fungos dos gêneros Aschersonia Mont. e Aegerita Pers. parasitando ninfas de A. woglumi, sendo que se observou a presença de Phaeophragmeriella (Leptomeliola) sp. como fungo hiperparasito de Aschersonia sp., constituindo o primeiro registro dessa associação na Brasil e no mundo |