Papel do receptor β1-adrenérgico na modulação da hipertrofia cardíaca induzida pelo hormônio tireoidiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silveira, Anderson Luiz Bezerra da lattes
Orientador(a): Olivares, Emerson Lopes
Banca de defesa: Olivares, Emerson Lopes, Santos, Patrícia Cristina dos, Almeida, Norma Aparecida dos Santos, Ferreira, Andrea Claudia Freitas, Barcellos, Luciane Claudia
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
T3
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10303
Resumo: A função do receptor β-adrenérgico na mediação da hipertrofia cardíaca no hipertireoidismo não é bem descrito na literatura e uma abordagem mais ampla faz-se necessária. Os objetivos deste estudo foram divididos em duas etapas, onde a primeira teve como propósito caracterizar o modelo de hipertrofia por T3. Já a segunda etapa procurou avaliar o papel do receptor β-1 adrenérgico na modulação da sinalização celular envolvida na hipertrofia cardíaca. A metodologia na primeira etapa caracterizou-se pela administração de T3 (i.p.) em camundongos machos durante 12 dias e ao final foram realizadas análises eletrocardiográficas e de variabilidade da frequência cardíaca. Na segunda etapa animais selvagens (WT) e com deleção para o receptor β1-adrenérgico (β1KO) foram submetidos ao protocolo de hipertireoidismo por T3 (s.c.) durante 10 dias. Posteriormente, os animais foram submetidos ao exame de ecocardiografia e estudo post mortem. Na primeira fase o protocolo utilizado elevou significativamente os níveis séricos de T3, além de aumentar a Ang I, Ang II e reduziu o ANP no coração, confirmando a eficiência do modelo. A análise de variabilidade da frequência cardíaca demonstrou aumento da modulação simpática, nos animais tratados com T3 (p < 0,05). Durante a segunda etapa, os animais WT tratados desenvolveram hipertrofia cardíaca fisiológica, enquanto os animais β1KO desenvolveram hipertrofia patológica de acordo com a análise ecocardiográfica. O ANP plasmático e cardíaco demonstrou alteração em seu conteúdo de maneira dependente do receptor β1-adrenérgico nos grupos tratados com T3 (p < 0,05). Não foi encontrada nenhuma alteração no conteúdo de Ang I e Ang II plasmática ou cardíaca entre os grupos (p > 0,05). Ao observar as proteínas envolvidas na sinalização celular foi observado que os animais β1KO apresentaram menor ativação de PKA quando comparada com os animais WT (p < 0,05). Os animais β1KO tratados com T3 apresentaram a maior ativação da ERK1/2 quando comparado a todos os grupos. Em relação à ativação da via Akt e fosforilação da proteína 4E-BP1 não foi identificada nenhuma diferença entre os grupos (p > 0,05). Por outro lado, a ativação da p38 foi significativamente maior nos animais WT tratados com a T3 quando comparados aos seus controles e também aos animais β1KO tratados (p < 0,05). Conclui-se que o protocolo de administração de T3 utilizado é eficiente em simular hipertireoidismo e que os receptores β1-adrenergicos exercem papel crucial na modulação da hipertrofia cardíaca fisiológica por mediar a inibição da sinalização da ERK1/2 no coração, através da ativação da p38.