Dinâmica populacional das moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) e introdução de Diachasmimorpha longicaudata Ashmead (Hymenoptera: Braconidae) para controle da praga na região norte do Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Leal, Michela Rocha
Orientador(a): Menezes, Elen de Lima Aguiar lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13571
Resumo: O governo do Estado do Rio de Janeiro vem incentivando a expansão da fruticultura na região norte do Estado, mas esta corre o risco de sofrer sérios prejuízos devido ao ataque de moscas-das-frutas. Porém, dados sobre aspectos ecológicos desses insetos, necessários para seu manejo adequado, não estão disponíveis para essa região. Com a introdução do parasitóide Diachasmimorpha longicaudata no Brasil, abre-se a perspectiva de controle biológico dessas moscas. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivos gerais aumentar o conhecimento sobre a distribuição geográfica das moscas-das-frutas seus aspectos ecológicos no norte fluminense, e avaliar o potencial de D. longicaudata para o controle biológico dessas moscas nessa região, sendo esses temas abordados nos Capítulos I e II, respectivamente. No capítulo I, os estudos tiveram os seguintes objetivos: conhecer as espécies de moscas-das-frutas de ocorrência no norte fluminense, suas plantas hospedeiras e seus parasitóides; avaliar a susceptibilidade da goiaba variedade Paluma à infestação por moscas-das-frutas; caracterizar a estrutura populacional desses tefritídeos para determinar as principais espécies de ocorrência e avaliar seu padrão de diversidade; e determinar as épocas do ano de maior e menor ocorrência dessas moscas na região. Esse estudo foi conduzido de abril/2006 a maio/2007, em Campos dos Goytacazes, São Francisco do Itabapoana e São João da Barra, sendo os espécimes capturados por armadilhas McPhail e coletados de frutos. Dos adultos capturados, 93% pertencem ao gênero Anastrepha (total de 16 espécies) e 7% à Ceratitis capitata. A. fraterculus, A. obliqua, A. pseudoparallela, A. serpentina, A. sororcula, A. zenildae e C. capitata infestaram frutos entre 12 espécies silvestres. A. fraterculus, A. sororcula e A. zenildae infestaram goiabas da variedade Paluma. As populações de moscas-das-frutas apresentaram baixa diversidade devido à presença de três espécies predominantes: A. obliqua, A. fraterculus e A. sororcula, que ocorreram o ano todo, com maiores níveis populacionais entre o verão e o outono, pela influencia da maior disponibilidade de frutos hospedeiros nessas estações do ano. Os parasitóides nativos foram Doryctobracon areolatus e Aganaspis pelleranoi. No capítulo II, os estudos tiveram os seguintes objetivos: avaliar a capacidade de sobrevivência e raio de ação de D longicaudata 24 horas após sua liberação no campo; e avaliar a possibilidade de recuperação de seus descendentes a partir de amostras de goiaba. Em maio/2008, realizou-se a liberação de D longicaudata num pomar comercial de goiaba em São João da Barra. Logo após a liberação, 25 unidades de parasitismo contendo larvas de C. capitata foram distribuídas nas goiabeiras a 10 m e 20 m do ponto de liberação. Uma amostra de goiabas foi coletada no dia da liberação, e 24 horas após, coletou-se outra amostra de goiabas a 30 m a partir desse ponto. Após 24 horas da liberação, verificou-se a visitação de D. longicaudata na maioria das unidades de parasitismo. Recuperaram-se descendentes machos e fêmeas de D. longicaudata a partir dessas unidades. A. fraterculus e A. sororcula infestaram as goiabas, das quais não foi recuperado D. longicaudata.