Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Souza, Fabíola Almeida Matos de
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Orientador(a): |
Silva, Jairo Pinheiro da |
Banca de defesa: |
Alejos, José Luis Fernando Luque,
Costa, Clélia Christina Mello Silva Almeida da,
Torres, Eduardo José Lopes,
Costa, Marta Júlia Faro dos Santos |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9592
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Resumo: |
Echinostoma paraensei é um trematódeo digenético que parasita o trato digestório mamíferos roedores, cujo ciclo biológico passa por sete estágios evolutivos, os quais são adulto, ovo, miracídio, esporocisto, rédia, cercária e metacercária. Devido à ocorrência de sinonímias aliadas ao desenvolvimento de ferramentas que permitem a descrição morfológica mais acurada, taxonomia dos equinostomatídeos por diversas vezes foi revisada, com alteração de alguns taxa. Aspectos que têm impactado a taxonomia desta espécie poderão ser esclarecidos com a realização da (re) descrição da anatomia do parasito, com o auxílio de ferramentas modernas como a microscopia eletrônica, em todas as fases evolutivas, uma vez que a morfologia das larvas é um critério taxonômico tradicionalmente utilizado para este grupo. O objetivo do presente trabalho foi realizar a descrição morfológica de cercárias de E. paraensei, através de microscopia eletrônica de varredura e transmissão, e microscopia de luz, com ênfase na descrição das estruturas sensoriais argentofílicas. As cercárias foram obtidas no Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Reservatórios, Fiocruz, RJ, onde o ciclo desse parasito é mantido. Os resultados da microscopia eletrônica de varredura evidenciaram com detalhes o colar de espinhos característico do grupo dos equinostomatídeos, além de detalhes da estrutura dos fin folds e das papilas sensoriais. Já através dos resultados da microscopia eletrônica de transmissão, foi possível observar a presença de células germinativas, inclusões lipídicas, células-flama e perfis mitocondriais, além de figuras de mielina. Através da impregnação das cercárias por nitrato de prata, as estruturas sensoriais foram condizentes com as estruturas observadas externamente através da varredura, e também foi possível observar a inervação das regiões cefálica, corporal e caudal. Os resultados foram coerentes entre si, demonstrando a relação entre as estruturas externas e internas, sendo possível observar diferenças entre as estruturas sensoriais de acordo com a sua localização, como as papilas uniciliadas na região anterior e a presença de papilas não ciliadas na parte interna da ventosa ventral. Tais aspectos evidenciam uma especialização morfológica que adapta o parasito ao seu meio de vida, tornando-o por sua vez, mais eficiente em sua função, que no caso da cercária, é penetrar no segundo hospedeiro intermediário. Tais dados podem ainda fornecer a base para estudos mais detalhados sobre ciclo de vida, ecologia parasitária e para o desenvolvimento de estratégia de controle de parasitos que apresentem semelhanças no ciclo de vida. |